Após desgaste com Doria, PM de São Paulo tem novo comandante-geral
Muito emocionado, o coronel Salles agradeceu pelos 36 anos que serviu à corporação e disse que a transição será um processo tranquilo, tendo em vista o cargo que Medeiros, que já foi comandante da Rota, ocupava na corporação.
Salles afirmou que deixa a PM sem mágoas. "Normalmente, com 30 anos, a gente vai para a reserva. Fiquei esses seis anos a mais por gratidão ao Estado de São Paulo. Não há mágoa alguma. Nós, servidores públicos, não temos direito de ter esse tipo de coisa."
Na última sexta-feira, dia 6, o ex-comandante-geral da Polícia Militar de São Paulo, colocou o cargo à disposição e deixou o posto que ocupava desde 2018.
A relação do oficial com o governador do Estado, João Doria (PSDB), vinha se desgastando desde o ano passado e por questões relacionadas ao caso Paraisópolis, onde após uma ação da PM nove jovens morreram pisoteados
Na semana passada, veio a público a conclusão da Corregedoria de que a ação dos policiais causou as mortes, mas o inquérito pede que eles não sejam punidos porque teriam agido em legítima defesa. Outra investigação, essa da Polícia Civil, continua em andamento.
Após o anúncio, o governador João Doria (PSDB) negou a existência de desavenças. "Nunca houve problemas. Sempre tivemos uma relação muito respeitosa. Ele vai para a reserva, tem um futuro brilhante pela frente e terá sempre o nosso apoio", disse.
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