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Ex-agente da CIA condenado a 19 anos de prisão por espionar para China

22/11/2019 20h14

Washington, 22 Nov 2019 (AFP) - O ex-oficial da CIA que pode ter devastado a coleta de informações de inteligência dos EUA na China ao entregar sua rede de informantes para agentes de Pequim foi condenado nesta sexta-feira a 19 anos de prisão.

Jerry Chun Shing Lee, cidadão americano naturalizado que trabalhou para a Agência Central de Inteligência de 1997 a 2004, foi preso em janeiro de 2018 por possuir ilegalmente informações de defesa americanas confidenciais, que segundo os promotores entregou a agentes de inteligência chineses.

"Lee traiu seu próprio país por ganância e pôs em risco seus ex-colegas", disse Timothy Slater, subdiretor do escritório de campo do FBI em Washington. "A seriedade de sua traição e crime é demonstrada com a sentença de hoje".

A acusação afirma que Lee se mudou para Hong Kong em 2010 e começou a aceitar pagamentos de agentes chineses que lhe pediam informações confidenciais sobre a CIA.

Mas em maio passado, Lee, de 55 anos, se declarou culpado de uma acusação de conspiração por entregar informação de defesa nacional para ajudar um governo estrangeiro, ao mesmo tempo em que insistiu em que o governo nunca provou que ele deu informação aos chineses nem que aceitou 840.000 dólares de Pequim, como se alega.

O caso gerou muita especulação sobre o que realmente está por baixo, porque o governo levou seis anos desde que começou a investigar Lee até prendê-lo.

Mas reportagens da mídia o vincularam com a destruição catastrófica da rede de informantes da CIA na China entre 2010 e 2012.

O New York Times informou em 2017 que os chineses mataram "pelo menos uma dúzia" de fontes que a CIA tinha na China e prenderam pelo menos seis outras.

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