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Apple pede ao governo dos EUA que não imponha tarifas que afetem o iPhone

20/06/2019 13h53

San Francisco (EUA), 20 jun (EFE).- A Apple pediu ao governo dos Estados Unidos em carta divulgada nesta quinta-feira que não aplique mais tarifas às importações da China, que afetariam produtos como o iPhone, já que, segundo assegurou, reduziriam sua contribuição à economia nacional.

Além do iPhone, a Apple lembrou que também fabrica a maioria de seus denaus produtos de hardware na China, como os tablets iPad, os computadores Mac, os reprodutores digitais AppleTV e as baterias e outros componentes usados para "reparar produtos nos Estados Unidos".

Na carta, dirigida ao representante de Comércio Exterior dos EUA, Robert Lighthizer, e datada de 17 de junho, mas que não foi revelada até ahoje, a empresa de Cupertino lhe pede diretamente que "não imponha tarifas sobre estes produtos".

"As tarifas sobre os produtos da Apple representariam uma redução da contribuição da Apple à economia dos EUA e teriam um impacto sobre nossa competitividade internacional", indicou na carta a empresa dirigida por Tim Cook.

"Os fabricantes chineses com quem competimos nos mercados globais não têm presença significativa nos EUA, razão pela qual as tarifas não lhes afetariam, e tampouco nossos principais competidores não americanos. Assim, as tarifas desiquilibrariam a balança a favor de nossos competidores globais", advertiu a Apple.

A empresa ainda defendeu sua contribuição à economia americana ao assegurar que é "responsável" por mais de dois milhões de postos de trabalho no país e que é "o maior contribuinte corporativo" da Receita Federal.

O presidente dos EUA, Donald Trump, iniciou no último dia 10 de maio o processo para impor tarifas sobre US$ 300 bilhões em importações chinesas, o que somado aos encargos atuais cobre o valor total dos bens chineses importados anualmente pelos EUA.

A decisão de Trump representou uma escalada na guerra comercial entre as duas maiores economias mundiais e aconteceu justamente depois que Washington subiu para 25% as tarifas sobre outras importações chinesas avaliadas em US$ 200 bilhões.

Em paralelo ao pedido pela não aplicação de tarifas, a Apple estaria estudando junto aos seus provedores possibilidades para transferir parte da sua produção para fora da China e a países do sudeste asiático, segundo publicou nesta quinta-feira o jornal "The Wall Street Journal". EFE

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