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Veteranos de guerra são presos acusados de planejar ataques em El Salvador

31/05/2024 08h21

A polícia de El Salvador prendeu na noite de quinta-feira sete líderes de veteranos de guerra, acusados de "planejar ataques" para sábado, quando o presidente Nayib Bukele assume seu segundo mandato, o que organizações sociais denunciaram nesta sexta-feira como "detenções arbitrárias". 

Segundo a Polícia Nacional Civil (PNC), entre os detidos está o ex-deputado da ex-guerrilha Frente Farabundo Martí de Libertação Nacional (FMLN, esquerda), José Santos Melara Yánez, que ocupou esse cargo entre 2015 e 2018. 

"Capturamos sete líderes de veteranos de guerra por planejarem ataques com explosivos em várias partes do país para o próximo dia 1º de junho", escreveu a PNC na sua conta da rede X.

Os detidos teriam participado na guerra civil (1980-1992), embora a polícia não tenha especificado se são ex-membros da antiga guerrilha ou do exército ou das forças de segurança hoje extintas. 

A polícia disse que Melara Yánez "foi identificado" como "a financiador desses planos". 

Os sete líderes "estavam reunidos na chamada Brigada da Insurreição Salvadorenha e tinham como objetivo detonar postos de gasolina, supermercados e instituições públicas", segundo investigações policiais.

A PNC acrescentou que em uma casa na localidade de Guazapa, 30 quilômetros a norte de San Salvador, localizou "parte dos explosivos", insumos para fabricá-los, e publicou na rede X fotos de dispositivos cilíndricos com fusíveis. 

Os detidos "serão processados em toda a extensão da lei", alertou a entidade policial.

Organizações sociais, como o Comitê de Familiares de Presos e Presos Políticos de El Salvador (Cofappes), consideraram "arbitrária" a detenção dos líderes.

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© Agence France-Presse

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