Petróleo cai antes de reunião da Opep+
Os preços do petróleo caíram nesta sexta-feira (31) antes da reunião da Opep+ no fim de semana, durante a qual os membros da aliança devem renovar seus cortes de produção.
Os preços do barril de Brent do Mar do Norte para entrega em julho recuaram 0,29%, a US$ 81,62.
Por outro lado, o West Texas Intermediate (WTI) para a mesma entrega caiu 1,18%, a US$ 76,99.
Os representantes dos 12 membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), liderada pela Arábia Saudita, e seus 10 aliados na Opep+, liderados pela Rússia, devem decidir no domingo por videoconferência se manterão seus cortes de produção.
"No mínimo, esperamos que a Opep+ prolongue seus cortes até o terceiro trimestre. Seria pouca surpresa se essas reduções de produção se estendessem até o fim do ano", estimou Andy Lipow, da Lipow Oil Associates, à AFP.
Para Matt Smith, da Kpler, os países produtores deverão pensar em outras medidas se quiserem provocar um aumento no preço do barril, que é seu objetivo.
Enquanto isso, "os corretores temem ficar com posições longas [a longo prazo]" apostando na alta do petróleo, quando chega o fim de semana com os mercados fechados, observou Smith.
Alguns dados medianos provenientes da China pesaram no mercado. A atividade manufatureira, reflexo da saúde das fábricas e indústrias, se contraiu em maio, segundo dados oficiais desta sexta-feira.
"O petróleo está sob pressão devido a sinais de demanda mais fraca na China", destacou Lipow.
Nos Estados Unidos, a inflação se manteve estável em abril, em 2,7%, segundo o índice PCE, longe da meta de 2% do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA).
"Não esperamos cortes nas taxas por parte do Fed este ano", afirmou Smith, da Kpler, e essa é uma das razões "pelas quais o petróleo fechou em queda nesta sexta-feira".
As altas taxas encarecem o crédito, portanto, desencorajam o consumo e o investimento, e embora reduzam dessa forma as pressões sobre os preços e, portanto, sejam uma ferramenta para conter a inflação, afetam a demanda de energia. E esse é um fator de baixa para o mercado.
emb-vmt/mr/atm/am
© Agence France-Presse
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