Serviço de segurança sueco diz que Irã usa redes criminosas na Suécia

ESTOCOLMO (Reuters) - O serviço de segurança sueco Sapo disse nesta quinta-feira que o governo iraniano tem usado redes criminosas na Suécia para realizar atos violentos contra outros Estados, grupos e indivíduos.

De acordo com o Serviço de Segurança, o Irã visou recentemente os interesses de outros Estados na Suécia, e especificamente Israel, e também procurou agir contra grupos dissidentes iranianos e indivíduos da diáspora iraniana.

“O Serviço de Segurança pode agora confirmar que as redes criminosas na Suécia são 'proxies' utilizados pelo Irã”, disse Daniel Stenling, chefe de Contrainteligência do Serviço de Segurança Sueco, durante entrevista.

O Ministério das Relações Exteriores do Irã ainda não respondeu a um pedido da Reuters para comentar a declaração sueca.

A Suécia tem sido atormentada pela violência de gangues há anos e, em 2023, 55 pessoas foram mortas a tiros e outras 109 ficaram feridas em 363 confrontos diferentes. O resto dos países nórdicos teve um total combinado de seis mortos a tiros durante esse período.

Após um suposto tiroteio perto da embaixada de Israel em Estocolmo, em maio, e a descoberta de um dispositivo explosivo do lado de fora da mesma embaixada, em janeiro, a polícia sueca aumentou a segurança em torno dos interesses israelense e judaicos no país.

O Serviço de Segurança se recusou a comentar ataques específicos, mas, de acordo com um comunicado obtido pela Reuters de uma autoridade israelense, o incidente de janeiro foi perpetrado por um grupo criminoso em nome do Irã.

(Reportagem de Anna Ringstrom, Johan Ahlander e Dan Williams)