Le Pen e Meloni deveriam trabalhar juntas após eleição europeia, diz Viktor Orbán
PARIS (Reuters) - As líderes de extrema-direita da Itália e da França, Giorgia Meloni e Marine Le Pen, deveriam colocar um fim em sua rivalidade e reforçar a cooperação após a eleição para o Parlamento Europeu em junho, defendeu o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, à revista francesa Le Point, em uma entrevista publicada nesta quarta-feira.
"Se elas conseguirem trabalhar juntas, em um único grupo ou coalizão, serão uma força para a Europa. O apelo dessa cooperação seria muito forte", disse Orbán, um ícone de extrema-direita na Europa.
Pesquisas projetam que nacionalistas e partidos céticos em relação à União Europeia receberão uma quantidade recorde de votos em junho, com os eleitores punindo os partidos tradicionais por não terem conseguido proteger as famílias da alta inflação e conter a imigração.
Fontes disseram à Reuters que as chances de um bloco único e musculoso de extrema-direita na Europa são pequenas, citando diferenças entre as líderes, Meloni e Le Pen, em questões como qual posição tomar na guerra na Ucrânia e relações com a Rússia.
Questionado se seu partido Fidesz ainda planejava se juntar ao bloco ECR, de Meloni, após a eleição, Orbán disse: "Sim, isso ainda está na agenda".
Orbán afirmou na entrevista, no entanto, que "tudo pode ser reescrito", agora que o campo rival ID, de Le Pen, expulsou o partido de extrema direita alemão AfD, que ele considerava o principal obstáculo para a cooperação entre as duas facções.
(Reportagem de Tassilo Hummel)
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