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Lula volta a criticar quem espalha fake news sobre RS: 'Espécie canalha'

Lula classificou pessoas que propagam fake news como "espécie de ser humano canalha" - 3.mai.2024-Evaristo Sá/AFP
Lula classificou pessoas que propagam fake news como 'espécie de ser humano canalha' Imagem: 3.mai.2024-Evaristo Sá/AFP
do UOL

Do UOL, em São Paulo

15/05/2024 09h14

O presidente Lula voltou a condenar as pessoas que espalham desinformação sobre as enchentes no Rio Grande do Sul. Ao jornal O Globo, o petista afirmou que "não sabia que existia uma espécie de ser humano tão canalha como a dos caras que fazem fake news".

O que aconteceu

Presidente criticou a facilidade com que fake news são propagadas nas redes sociais. "É mais fácil falar a mentira e falar mal do que falar a verdade", disse.

A pedido do governo federal, a PF abriu inquérito para apurar fake news. Conforme mostrou o UOL, em meio à inação de Congresso e STF, o governo federal vem assumindo a dianteira e mandando investigar casos de desinformação que possam prejudicar os resgates no Rio Grande do Sul, mas, de forma considerada polêmica, já que os pedidos têm mirado, sobretudo, desafetos do governo.

O ministro da Secom, Paulo Pimenta, solicitou na semana passada que o Ministério da Justiça determinasse a investigação de postagens de opositores. O pedido listava postagens do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), do senador Cleitinho (Republicanos-MG) e de influenciadores como Pablo Marçal. O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, enviou ofício à PF, que abriu a investigação.

PF é obrigada a atender pedido do ministro. Nestes casos, a corporação tem que abrir a investigação solicitada pelo ministro da Justiça, o que não quer dizer necessariamente que a investigação vai se limitar aos nomes indicados por Pimenta. O caso foi distribuído para a ministra Cármen Lúcia e tramita sob sigilo na corte.

"O que estamos falando é de condutas que se caracterizam como criminosas diante de um momento que o estado vive uma situação excepcional por calamidade", disse Pimenta ao jornal. O ministro argumentou que o governo defende a liberdade de expressão e que ninguém pode ser responsabilizado por uma opinião, mas que este não é o caso do que tem sido propagado sobre a tragédia.

O projeto de lei na Câmara e as ações no STF que tratam sobre desinformação estão parados há cerca de um ano. A desinformação sobre o Rio Grande do Sul furou a bolha das redes e chegou ao Congresso. No sábado (11), o UOL Confere mostrou que sete deputados usaram seu tempo no plenário da Câmara para propagar desinformação.

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