EUA retira Cuba de lista de países que não cooperam contra terrorismo
![Joe Biden, presidente dos Estados Unidos - Bonnie Cash - 12.abr.2024/Reuters](https://conteudo.imguol.com.br/c/noticias/24/2024/04/13/joe-biden-presidente-dos-estados-unidos-1713028809185_v2_900x506.jpg)
Os Estados Unidos retiraram, nesta quarta-feira (15), Cuba e mantiveram a Venezuela no grupo de países que não cooperam plenamente com a luta antiterrorista, mas Havana continua na lista de Estados patrocinadores do terrorismo.
Em um relatório enviado ao Congresso, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, afirma que quatro países - Irã, Coreia do Norte, Síria e Venezuela - "não cooperam plenamente" com a luta antiterrorista internacional.
Segundo o Departamento de Estado, Cuba figurou na lista do ano passado devido à sua negativa a extraditar para a Colômbia militantes da guerrilha do Exército de Libertação Nacional (ELN).
O primeiro presidente de esquerda da Colômbia, Gustavo Petro, suspendeu, desde então, os mandados de prisão contra os guerrilheiros, assinalou o Departamento de Estado.
"Ademais, Estados Unidos e Cuba retomaram a cooperação em matéria de aplicação da lei em 2023, incluída a luta contra o terrorismo", disse um porta-voz do Departamento de Estado.
Isso levou o governo do presidente Joe Biden a concluir que "já não é apropriado" incluir Cuba entre os países "que não cooperam plenamente".
O governo cubano, por sua vez, não tardou a reagir.
O presidente Miguel Díaz-Canel afirmou na rede social X que isso constata o que é "amplamente conhecido, que Cuba coopera na batalha contra o terrorismo".
Os Estados Unidos "deveriam fazer o correto e coerente com essa posição: retirar Cuba da lista arbitrária do Departamento de Estado e pôr fim a medidas econômicas coercitivas que acompanham isso", disse.
Já o chanceler Bruno Rodríguez classificou a decisão dos Estados Unidos de "manipulação política", em mensagem publicada nessa mesma rede social.
A relação entre os dois países é tensa.
Durante mais de seis décadas, Washington impôs a Cuba um embargo comercial que o ex-presidente Donald Trump (2017-2021) endureceu ao voltar a incluir a ilha em sua lista de patrocinadores do terrorismo, uma medida que obstaculiza as transações e os investimentos porque as empresas se expõem a sanções americanas.
Biden, seu sucessor democrata, a manteve nessa lista, e parece pouco inclinado a se reconciliar com Cuba, sobretudo depois da repressão contra manifestações antigovernamentais na ilha.
O presidente americano prometeu aos congressistas que não retiraria Cuba da lista de Estados patrocinadores, da qual também fazem parte Irã, Coreia do Norte e Síria.
sct-lp-erl/db/llu/rpr/am
© Agence France-Presse
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.