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Operação que prendeu governador na Itália tem ao menos 35 alvos

08/05/2024 15h04

GENOVA, 8 MAI (ANSA) - O comissário extraordinário do porto de Gênova, Paolo Piacenza, é alvo da mesma investigação por corrupção que colocou o governador da Ligúria, Giovanni Toti, em prisão domiciliar nesta quarta-feira (8). Ele está entre outros 10 suspeitos além dos 25 indicados originalmente no inquérito.   

A investigação é por abuso de poder. Os escritórios e a residência dele foram revistados pela Guarda de Finanças, equivalente à Polícia Federal na Itália.   

O incidente pelo qual ele está sendo investigado diz respeito ao aumento das tarifas concedido pelo então presidente da Autoridade do Sistema Portuário do Mar Lígure Ocidental Paolo Emilio Signorini, atual CEO da empresa de luz e gás Iren.   

Signorini foi preso em regime fechado.   

O reajuste foi dado à empresa Santa Barbara, do setor dos negócios de transportes e comunicações e especializada em serviços de prevenção, vigilância e primeira intervenção contra incêndios no porto de Gênova.   

Segundo os investigadores, em troca de uma medida que determinava o aumento da taxa horária para os serviços prestados pela Sociedade Santa Barbara, Signorini teria recebido dinheiro e presentes caros de Vianello.   

Giovanni Toti, de centro-direita, é acusado de ter recebido 74,1 mil euros (R$ 405 mil) e promessas de financiamento dos empresários dos setores logístico e imobiliário Aldo e Roberto Spinelli, em troca de favores do poder público.   

Entre esses favores estariam a privatização de uma praia na costa lígure, a facilitação dos trâmites para a construção de um complexo imobiliário e a renovação da concessão de um terminal portuário em Gênova, capital da região.   

Aldo Spinelli também foi posto em regime de prisão domiciliar, bem como Matteo Cozzani, chefe de gabinete de Toti e que, além de corrupção, é acusado de facilitar a atividade de um clã da máfia Cosa Nostra em Gênova. Já Roberto Spinelli, filho de Aldo, é investigado, mas não sofreu medidas preventivas.   

O inquérito ainda investiga Francesco Moncada, membro do conselho de administração da rede de supermercados Esselunga e que teria prometido financiamentos ilícitos a Toti e Cozzani em troca de acelerar os trâmites para a abertura de dois pontos de venda da empresa na Ligúria.   

Após as prisões, a Guarda de Finanças fez uma busca e apreensão no apartamento do governador em Gênova. Toti, que acompanhou a operação, disse que não poderia dar declarações, mas seu advogado, Stefano Savi, garantiu que o político está "sereno" e vai "explicar tudo". (ANSA).   

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