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FTX afirma que clientes recuperarão ativos por perdas após falência em 2022

08/05/2024 14h35

Os clientes da falida plataforma de criptomoedas FTX recuperarão os ativos que perderam quando a companhia colapsou em 2022, anunciou a empresa nesta quarta-feira (8).

O plano "prevê a distribuição centralizada a clientes e outros credores em todo o mundo de substancialmente todos os ativos associados à FTX no momento do seu colapso em novembro de 2022", de acordo com um comunicado divulgado pela FTX Trading LTD. 

O retorno total para os clientes oscilará entre US$ 14,5 bilhões e US$ 16,3 bilhões (R$ 73,7 bilhões e R$ 82,9 bilhões). A FTX esclareceu que o plano ainda deve ser aprovado por um tribunal de falências de Delaware. 

O plano "prevê a devolução de 100% dos valores dos pedidos de falência mais juros para os credores não governamentais', disse John Ray III, CEO e diretor de reestruturação da FTX. 

A FTX afirmou que obteve os fundos "monetizando uma coleção extraordinariamente diversificada de ativos", principalmente investimentos detidos pela empresa e suas afiliadas e ações judiciais.

Outro fator foi a resolução de denúncias contra a empresa, incluindo cerca de 24 bilhões de dólares que o Internal Revenue Service (IRS) dos EUA havia solicitado para o período anterior à apresentação do plano de compensação. 

Para resolver os casos do IRS, a FTX pagará US$ 200 milhões (R$ 1 bilhão) em dinheiro e US$ 685 milhões (R$ 3,4 bilhões) a serem pagos após ajustar outras reivindicações. 

O chefe da empresa, Sam Bankman-Fried, conquistou o mundo das criptomoedas em uma velocidade vertiginosa. Foi um dos cofundadores da pequena start-up FTX em 2019 e transformou-a na segunda maior plataforma de câmbio do mundo.

Mas, em novembro de 2022, o império entrou em colapso repentino após uma avalanche de saídas de clientes ao saberem que parte dos fundos depositados na empresa havia sido comprometida em operações de risco. 

Após uma enxurrada de ações judiciais, Bankman-Fried, um bilionário antes dos 30 anos, foi sentenciado em março a 25 anos de prisão depois de ter sido condenado por fraude e outros crimes financeiros.

elm-jmb/st/llu/db/aa/ic

© Agence France-Presse

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