Ex-premiê italiano diz que vai propor 'mudança radical' na UE
BRUXELAS, 16 ABR (ANSA) - Encarregado de preparar um relatório sobre o futuro da competitividade da União Europeia, o ex-premiê da Itália e ex-chefe do Banco Central Europeu (BCE) Mario Draghi afirmou nesta terça-feira (16) que o documento proporá "uma mudança radical".
"Precisamos de uma UE adaptada para o mundo de hoje e de manhã", disse, durante uma conferência de alto nível sobre o pilar europeu dos direitos sociais organizada pela Bélgica, que ocupa a presidência de turno do bloco.
"Acredito que a coesão política da nossa União requer que ajamos juntos, sempre que possível. Devemos estar conscientes de que a coesão política está ameaçada pelas mudanças no resto do mundo. Reiniciar a nossa competitividade não é algo que podemos obter sozinhos. É preciso agir como União Europeia de um modo que nunca fizemos", destacou.
Ele exemplificou que o bloco nunca teve uma estratégia industrial para responder às ações de Estados Unidos e China: "Confiamos na paridade de condições a nível global e na ordem internacional baseada em regras, esperando que outros fizessem o mesmo. Mas agora o mundo está mudando rapidamente, nos pegou de surpresa. Outros não respeitam mais as regras e elaboram políticas para reforçar sua posição".
Para Draghi, o bloco está "focando nas coisas erradas": "Nos voltamos ao interior, vendo em nós mesmos os concorrentes, inclusive em setores como defesa e energia, em que temos profundos interesses comuns. Não olhamos para fora com atenção suficiente".
"Diante de potências como EUA e China, a resposta foi limitada. Nossa organização, o processo de tomada de decisões e os financiamentos são projetados para um mundo antes da guerra na Ucrânia, da Covid-19 e da conflagração no Oriente Médio", acrescentou.
A presidente do Poder Executivo do bloco, Ursula von der Leyen, que encarregou Draghi de criar o documento, disse que ele "indica o caminho para o futuro": "Nos próximos cinco anos devemos confirmar o primado da nossa União como lugar para viver e fazer negócios". (ANSA).
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