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Ataque a igreja na Austrália foi ato terrorista, diz polícia

16/04/2024 08h35

SYDNEY, 16 ABR (ANSA) - A polícia australiana classificou nesta terça-feira (16) o ataque a facas contra um bispo ortodoxo em uma igreja na periferia de Sydney, cometido por um adolescente de 15 anos, como "um ato de terrorismo".   

As autoridades locais explicaram que o jovem esfaqueou o bispo Mar Mari Emmanuel e outras três pessoas, incluindo um padre, na igreja "Christ The Good Shepherd", em Wakeley, por motivação religiosa e pediu para a comunidade local, que está indignada, se acalmar.   

"Depois de analisar todo o material, declarei que se trata de um incidente terrorista", declarou a comissária de polícia de Nova Gales do Sul, Karen Webb, em entrevista coletiva.   

Segundo ela, o ataque ocorrido na última segunda-feira (15) foi considerado um ato de "extremismo" de motivação religiosa que intimidou a população, tanto os "fiéis da igreja quanto as pessoas que acompanhavam o culto online transmitido ao vivo".   

Considerado uma estrela do TikTok, Mari Emmanuel é tido como uma figura popular e controversa, e geralmente os seus sermões recebem milhões de visualizações nas redes sociais.   

Por causa disso, o incidente foi capturado em uma transmissão ao vivo. Vídeos explícitos do ataque viralizaram e atraíram uma multidão ao redor da igreja, que chegou a entrar em confronto com a polícia local.   

Durante a entrevista, Webb relatou que o suspeito, cuja identidade não foi revelada, era "conhecido da polícia", mas não constava em nenhuma lista de vigilância terrorista. Além disso, revelou que os policiais que responderam ao chamado foram atacados por "pessoas furiosas".   

"As pessoas usaram o que tinham disponível na área, incluindo tijolos e concreto, para atacar os agentes e realizaram ataques com fogos contra a polícia, seus equipamentos e veículos", acrescentou.   

De acordo com a comissária australiana, os policiais feridos foram levados ao hospital durante a noite. A multidão danificou ao menos 20 veículos.   

"Isso é inaceitável e aqueles que estiveram envolvidos naquele motim podem esperar que alguém bata à sua porta. Pode não ser hoje. Pode não ser amanhã, mas vamos encontrá-los e iremos prendê-los", garantiu Webb.   

Por sua vez, o primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese, convocou uma reunião de emergência das agências de segurança nacional e pediu que as pessoas "não façam justiça com as próprias mãos". (ANSA).   

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