Filipinas dizem que ações "coercitivas e agressivas" da China foram discutidas com autoridade dos EUA
Por Karen Lema e Mikhail Flores
MANILA (Reuters) - As Filipinas disseram nesta terça-feira que seu assessor de segurança nacional e o colega norte-americano discutiram "ações coercitivas, agressivas e enganosas" de Pequim no Mar do Sul da China, à medida que uma disputa diplomática se intensifica entre os dois vizinhos asiáticos.
O assessor de segurança nacional das Filipinas, Eduardo Ano, "expressou seu apreço pelas garantias contínuas dos Estados Unidos e pela reafirmação de seu compromisso inabalável" com sua aliança, disse o Conselho de Segurança Nacional das Filipinas em um comunicado.
A ligação telefônica de segunda-feira ocorreu após uma série de conflitos marítimos e trocas verbais acaloradas entre a China e as Filipinas, o que gerou preocupação sobre uma escalada no mar.
O presidente Ferdinand Marcos Jr. disse na semana passada que haveria "contramedidas" diante da agressão da guarda costeira da China, enquanto Pequim acusou as Filipinas de traição e de renegar a promessa de rebocar uma antiga embarcação naval encalhada intencionalmente em um banco de areia disputado. Manila nega ter feito essa promessa.
O secretário de Defesa das Filipinas, Gilberto Teodoro, afirmou aos filipinos em uma carta aberta na terça-feira que "não caiam na armadilha criada pela propaganda chinesa".
A China reivindica quase todo o Mar do Sul da China como seu território, policiado por uma armada de navios da guarda costeira, alguns a mais de 1.000 km de distância de seu continente. A China afirmou que suas respostas foram apropriadas diante da invasão das Filipinas.
As disputas ocorrem em um momento em que as Filipinas e os Estados Unidos estão aprofundando seus laços militares, frustrando a China, que vê Washington interferindo em seu quintal.
(Reportagem de Mikhail Flores e Karen Lema)