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Destruição do Hospital Shifa arranca coração do sistema de saúde de Gaza, diz OMS

Danos no Hospital Al Shifa depois da operação de duas semanas das forças israelenses na área ao redor do hospital  - Dawoud Abu Alkas/REUTERS
Danos no Hospital Al Shifa depois da operação de duas semanas das forças israelenses na área ao redor do hospital Imagem: Dawoud Abu Alkas/REUTERS

Gabrielle Tétrault;Farber;

02/04/2024 09h30Atualizada em 02/04/2024 09h56

A destruição do maior hospital de Gaza por Israel em uma invasão nas últimas duas semanas arrancou o coração do sistema de saúde do enclave, disse a Organização Mundial da Saúde nesta terça-feira.

As forças israelenses deixaram o Hospital Al Shifa, na Cidade de Gaza, na segunda-feira, após operação de duas semanas das forças especiais, que detiveram centenas de militantes palestinos suspeitos e deixaram um terreno de prédios destruídos. Israel disse ter matado centenas de combatentes do Hamas que haviam se instalado no local; o Hamas e a equipe médica negam a presença de combatentes.

"Tivemos contato com os funcionários. Os diretores nos disseram que o Hospital Al Shifa não existe mais. Ele não tem mais condições de funcionar como um hospital", disse a porta-voz da OMS Margaret Harris.

"Destruir o Al Shifa significa arrancar o coração do sistema de saúde."

A OMS esperava enviar uma missão na terça-feira ao local para ver o que pode ser feito para salvar as vidas dos pacientes restantes. Harris disse que não tinha informações sobre se Israel havia concedido permissão para realizar tal missão.

"Estamos tentando ir há dias e dias e dias", afirmou ela. "A maioria de nossas missões foi rejeitada."

Al Shifa, o maior hospital da Faixa de Gaza antes da guerra, era uma das poucas instalações de saúde que estavam parcialmente operacionais no norte do enclave antes da invasão.

Autoridades palestinas classificaram o ataque a um hospital que trata de pacientes gravemente feridos como um crime de guerra. Israel diz que o Hamas opera deliberadamente entre civis vulneráveis.

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