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Equador detém 12 pessoas, incluindo juízes, em investigação sobre crime organizado

Entre os presos está a ex-presidente do Tribunal de Justiça de Guayas - Fiscalía General del Estado/Reprodução
Entre os presos está a ex-presidente do Tribunal de Justiça de Guayas Imagem: Fiscalía General del Estado/Reprodução

Alexandra Valencia;

04/03/2024 12h53

O gabinete da procuradora-geral do Equador informou nesta segunda-feira que mais 12 pessoas, incluindo juízes, foram detidas em uma ampla investigação sobre o crime organizado na província de Guayas.

As prisões fazem parte da chamada investigação "Metástase", que já havia detido funcionários do Judiciário e outros em dezembro.

O Equador está enfrentando um enorme pico de violência que as autoridades atribuem às gangues de tráfico de drogas. O presidente Daniel Noboa, que assumiu o cargo em novembro, declarou 22 gangues como grupos terroristas e afirmou que o país está em guerra.

O caso desta segunda é "uma demonstração de como a corrupção é gerada a partir das altas esferas da política legislativa, colocando a administração da Justiça em uma das províncias mais influentes do país à sua disposição e, obviamente, à disposição dos traficantes de drogas", disse a procuradora-geral Diana Salazar em um vídeo.

Entre os presos estava Maria Fabiola G. R., ex-presidente do Tribunal de Justiça de Guayas, informou a promotoria em uma série de publicações nas redes sociais na segunda-feira.

O escritório não costuma divulgar os nomes completos das pessoas presas ou acusadas.

Um ex-político, sua esposa e pelo menos seis outros juízes também foram presos, e o escritório e a casa do atual chefe do Tribunal de Justiça da província foram revistados, informou o gabinete da procuradora-geral.

Entre os detidos em dezembro estava o chefe do órgão regulador judicial do país e as residências de juízes, promotores e policiais foram revistadas.

Salazar disse que a investigação começou após o assassinato na prisão, em 2022, do acusado de lavagem de dinheiro Leandro Norero.

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