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'Não podemos concordar' com afastamento de 'opositores', diz Bolsonaro a apoiadores

25/02/2024 17h11

O ex-presidente Jair Bolsonaro, inabilitado politicamente, disse, neste domingo (25), que "não podemos concordar" com o afastamento de opositores do cenário político, durante um ato em São Paulo, que reuniu uma multidão de apoiadores.

"Nós não podemos concordar que um poder tire do palco político quem quer que seja, a não ser por um motivo extremamente justo. Não podemos pensar nas eleições afastando os opositores do cenário politico", afirmou Bolsonaro, que em 2023 foi declarado inelegível por oito anos por abuso de poder.

Bolsonaro pediu, ainda, "uma anistia para aqueles pobres coitados que estão presos em Brasília", em alusão a seus apoiadores presos pela invasão e vandalização das sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro de 2023, na capital federal, contra a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ocorrida uma semana antes.  

Vestindo camiseta da seleção brasileira, Bolsonaro falou diante de milhares de seguidores, também vestidos de verde e amarelo, atendendo a seu pedido. Eles ocuparam mais de seis quarteirões da Avenida Paulista, constatou a AFP.

O ex-presidente convocou a manifestação pelas redes sociais para repudiar as suspeitas golpistas contra ele e dar uma demonstração de força como líder da oposição.

Em seu discurso, voltou a se dizer perseguido, especialmente desde que seu mandato terminou, em 2022. 

"Busco a pacificação, passar a borracha no passado e buscar a maneira de nós vivermos em paz", ressaltou.

Bolsonaro convocou seus apoiadores para uma "manifestação pacífica em defesa do Estado democrático de direito", para se defender de "todas as acusações" contra ele, incluídas as suspeitas de ter participado de um plano de golpe de Estado para se manter no poder.

O ex-presidente, que se manteve em silêncio na quinta-feira, ao ser interrogado pela Polícia Federal, voltou a negar qualquer tentativa de golpe diante de seus apoiadores. 

"O que é golpe? É tanque na rua, é arma, é conspiração. Nada disso foi feito no Brasil", afirmou. 

mls/app/db/mvv/dd

© Agence France-Presse

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