Após Datafolha, Barroso diz que valor do STF não se mede por pesquisa
![18.out.2023 - O presidente do STF, ministro Luis Roberto Barroso - Carlos Moura/SCO/STF](https://conteudo.imguol.com.br/c/noticias/90/2023/10/18/18out2023---o-presidente-do-stf-ministro-luis-roberto-barroso-durante-sessao-plenaria-da-corte-1697662712427_v2_900x506.jpg)
O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Luís Roberto Barroso, afirmou que o valor da Corte não pode ser medido por uma pesquisa, após levantamento do instituto Datafolha mostrar que a maioria da população reprova a atuação do Supremo.
O que aconteceu
"Valor de um tribunal não pode ser aferido em pesquisa de opinião", afirmou Barroso em entrevista à CNN Brasil.
O ministro destacou que o Supremo trata de "questões que dividem a sociedade", tópicos aos "quais existem desacordos morais razoáveis", o que explicaria a alta reprovação da Corte.
Barroso também reiterou que o STF desagrada "grupos poderosos" da sociedade ao resguardar e interpretar a Constituição
Sejam grupos econômicos, seja o governo, sejam ambientalistas, sejam agricultores ou sejam indígenas. O arranjo constitucional brasileiro faz com que cheguem ao judiciário as questões mais divisivas da sociedade brasileira. E nós precisamos decidi-las.
— Luís Roberto Barroso, presidente do STF
Datafolha aponta insatisfação com o STF
No sábado (9), o Instituto Datafolha apontou que 38% dos brasileiros reprovam a atuação do STF, e outros 27% aprovam o trabalho da Corte. 31% considera regular a atuação dos ministros.
Conforme o Datafolha, a percepção do Supremo na sociedade piorou em relação ao levantamento feito em dezembro de 2002, quando houve empate no índice de aprovação e de reprovação — à época, 31% aprovavam e o mesmo percentual reprovavam a Corte máxima do judiciário brasileiro.
O Datafolha também apontou que a parcela da população que mais reprova o STF é aquela que se identifica com o bolsonarismo — o Supremo é responsável pela investigação de inquéritos que envolvem o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A Corte e os ministros também foram alvos de reiterados ataques do ex-mandatário.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.