71% dos feminicídios têm parceiro como suspeito, traz levantamento da Folha

Levantamento feito pela Folha de S. Paulo mostra que 71% dos feminicídios e das tentativas têm parceiro como suspeito. Segundo os dados, publicados nesta sexta-feira (8), ao menos 119 mulheres foram mortas no Brasil em janeiro de 2019 por causa de seu gênero.
As estatísticas foram compiladas pela Folha a partir de uma análise feita pelo advogado e pesquisador da USP Jefferson Nascimento, que se baseia em casos publicados na imprensa brasileira. São 119 mortes e 60 tentativas de feminicídio.
A pesquisa, que foca em crimes ocorridos em 25 estados, mostra que as vítimas têm, em média, 33 anos. Já os agressores, pouco mais de 38 anos.
Entre os motivos mais citados, está inconformismo com o fim do relacionamento (18%), logo atrás de brigas, ciúme ou suposta traição (25%). Pelo menos um em cada quatro suspeitos de feminicídios noticiados em janeiro já tinha histórico de agressão.
Segundo os dados, em 56% dos crimes o agressor foi preso logo depois dos casos saírem na imprensa e 37% estão foragidos ou sem informação; outro dado diz que 6% dos agressores se matou após o crime. Em 15 casos, crianças presenciaram as agressões.
O feminicídio
O feminicídio é um tipo de homicídio - previsto no Código Penal desde 2015 - cometido contra uma mulher por sua condição de sexo feminino.
É considerado um crime hediondo e prevê reclusão de 12 a 30 anos, acima dos 6 a 20 anos do caso de um crime considerado como homicídio simples.
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