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Estágio, musa da Copa e Encontro: a trajetória de Fátima Bernardes na Globo

Fátima Bernardes na bancada do Jornal Nacional, da Globo                              - Reprodução/Globo
Fátima Bernardes na bancada do Jornal Nacional, da Globo Imagem: Reprodução/Globo
do UOL

De Splash, no Rio

27/02/2024 04h00

Fátima Bernardes não tem mais contrato fixo com a Globo, empresa onde trabalhou por 37 anos. Agora, ela inicia uma nova fase dentro do Grupo Globo, com contratação por projetos específicos. Segundo ela, um desses projetos já está até em andamento.

Relembre a trajetória da jornalista

A carreira da apresentadora começou em 1983, no último ano de faculdade, com trabalhos esporádicos para o jornal de bairro de O Globo, em 1983. Naquela época, a jovem moradora da zona norte do Rio deixava de lado o sonho de ser bailarina devido à necessidade de buscar um emprego.

Estudante de escolas públicas, como o tradicional Colégio Pedro 2º, e formada em jornalismo pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), Fátima foi selecionada para o curso de telejornalismo da Globo em 1986. Aprovada, virou estagiária do Fantástico. "Chego, sem nenhuma experiência, e dou de cara com Glória Maria, Leilane Neubarth e o diretor José Itamar de Freitas. Pensei: 'o que eu estou fazendo nesse barco?'", disse ela ao site Memória Globo.

No ano seguinte, ela virou repórter do RJTV, noticiário local do Rio. Em algumas ocasiões, também aparecia em matérias para o Jornal Nacional e Jornal da Globo.

A primeira matéria no Jornal Nacional foi sobre o Réveillon de Copacabana, mas o grande desafio seria a primeira entrada ao vivo no JN, durante a cobertura de um enchente de 1988, no Rio. "Eu estava na praça da Bandeira, um lugar que sempre enche, e pensava: 'meu Deus do céu, e agora? O Cid Moreira vai chamar'. Nisso, olho e tem um carro boiando. Abre a porta e uma mulher sai toda enfeitada, com um arranjo de flores prateado. Ela estava indo para o casamento da filha. Era um drama, mas foi um vivo maravilhoso", disse ao Memória Globo.

Em 1989, assumiu o comando do Jornal da Globo e, em seguida, trabalhou como âncora no Jornal Hoje, Fantástico e Jornal Nacional. Permaneceu no principal telejornal do país por 26 anos, onde dividia bancada com o então marido, William Bonner — os dois têm três filhos gêmeos: Vinicius, Laura e Beatriz.

Em 2011, Fátima deixou o JN para apresentar o Encontro, que estrearia no ano seguinte. A mudança marcou a migração da apresentadora do departamento de jornalismo para o de entretenimento, o que lhe deu mais liberdade para fazer publicidade. Esteve dez anos no comando do programa matinal. Nesse período, foi diagnosticada com um câncer no útero.

Em 2022, Fátima deixou o Encontro e foi direcionado ao The Voice Brasil — reality que apresentou até o ano passado e que foi descontinuado da grade. Em 2023, também esteve no comando do Assim Como A Gente, programa de entrevistas no GNT, canal que pertence ao Grupo Globo. Fátima quis sair do Encontro para diminuir o ritmo de trabalho e poder aproveitar mais a vida.

Musa da Copa

Fátima Bernardes viveu intensamente a Copa do Mundo na época em que trabalhava no Jornal Nacional. Ela foi eleita "musa da Copa" em 2002, época em que acompanhou a equipe durante a campanha do quinto e último título brasileiro.

O apelido de "musa da Copa" partiu dos jogadores e do técnico Luiz Felipe Scolari. Ela foi chamada assim durante a comemoração do título em matérias exibidas pela TV Globo após a vitória contra a Alemanha, na final.

Foi uma surpresa. Meu período de convivência com os jogadores acabou nos aproximando. Era uma parceria mesmo. Foi retribuição a um trabalho respeitoso feito durante todo aquele período de mais de 40 dias.
Fátima a Folha de S.Paulo em 2020

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