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"Perdi minha libido na 1ª semana", diz participante de "Largados e Pelados"

do UOL

James Cimino

Colaboração para o UOL, em Los Angeles

23/08/2016 07h00

Quem não se lembra do primeiro reality show a ser exibido na TV brasileira? Apresentado por Zeca Camargo, o “No Limite” era um desafio de sobrevivência em ambientes selvagens em que os participantes passavam fome, sede e tinham que comer todo o tipo de comida esquisita, como olhos de cabra, por exemplo.

Todas as terças-feiras, às 21h30, o Discovery Channel exibe um reality muito semelhante, em que os participantes são jogados em um ambiente selvagem e inóspito, tendo que encontrar água, comida, abrigo e sobreviver aos animais que os circundam. A diferença é que, em “Largados e Pelados”, como o próprio nome diz, todos eles têm de fazer tudo isso completamente nus. A partir de outubro, o canal exibirá a segunda temporada "Largados e Pelados - A Tribo", um desafio com 12 participantes na savana africana.

"Eu perdi minha libido na primeira semana. A gente passa a se reconhecer pelo ânus, sério! Igual cachorro!", diz a participante Stacey Osorio, 35 anos, mãe de dois filhos, durante um almoço com a imprensa latino-americana em um hotel de Los Angeles. Stacey foi acompanhada de seu parceiro de programa, Jake Nodar. Ela estava, conforme avisava o convite aos jornalistas, completamente nua. Jake usava apenas uma sunga cor da pele. Os dois já participaram de outras edições de "Largados e Pelados" – ela na Croácia e ele na Amazônia – e agora fazem parte do mesmo grupo na versão "A Tribo".

Seu último desafio foi passar 40 dias na savana africana. Eles não contam se foram até o final ou não. Mas informam que, diferentemente do “No Limite”, não existe um prêmio em dinheiro para quem sobrevive — a única forma de ser eliminado, aliás, é desistir do desafio. “A gente é muito bem pago pela participação, mas o prêmio é apenas a vitória pessoal.”

“Naked and Afraid XL” (título original nos EUA de "Largados e Pelados - A Tribo") estreou no ano passado e foi o programa mais visto da TV paga americana, com audiência média de 3,7 milhões de pessoas. Mas a nudez, de certa forma, é apenas uma isca para os espectadores. Mesmo estando nus o tempo todo, a genitália e os seios dos participantes são escondidos por borrões na TV.

Nada disso, contudo, tira o interesse da audiência, pois estar nu muda totalmente a dinâmica das coisas.

Jake Nodar, que fez questão de dizer que era gay durante o almoço, falou da reação de seu pai. “Meu pai é muito religioso e no começo não queria assistir, mas depois que ele viu, percebeu que o programa é um excelente desafio de sobrevivência. Nem liga mais para a nudez.”

Durante a entrevista, a reportagem perguntou se a nudez constante tornava os outros participantes mais atraentes. A resposta de Jake foi que, depois de dois dias com fome, “não há tesão que resista”. O rapaz disse, no entanto, que as ereções matinais eram impossíveis de disfarçar. “Quando acontecia eu sempre ouvia: ‘Muito obrigado!’”.

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