França proíbe empresas israelenses de participarem de feira de defesa
As autoridades francesas proibiram as empresas da indústria militar israelense de participarem de uma feira comercial no mês que vem perto de Paris, anunciaram os organizadores nesta sexta-feira (31), mas Israel pediu que a medida seja "revertida".
"Por decisão das autoridades governamentais, não haverá nenhum expositor para a indústria de defesa israelense na feira Eurosatory 2024", disseram os organizadores, Coges Events.
Benny Gantz, membro do gabinete de guerra israelense, pediu que a decisão seja "revertida".
"Sublinhei que esta decisão iria recompensar no fim das contas o terrorismo e pedi à França que revertesse a proibição", acrescentou Gantz, após quase oito meses de guerra entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza.
De acordo com o Ministério da Defesa da França, "não há mais condições de receber empresas israelenses", especialmente porque o presidente francês Emmanuel Macron pediu "o fim das operações israelenses em Rafah", no sul de Gaza.
Um total de 74 empresas israelenses deveriam participar deste salão internacional de defesa e segurança terrestres, previsto para 17 a 21 de junho em Villepinte, ao norte de Paris.
O anúncio foi feito dias depois de um bombardeio israelense em um campo de deslocados matar 45 pessoas no sul de Gaza, segundo um balanço das autoridades palestinas.
A guerra estourou em 7 de outubro, quando comandos do movimento islamista palestino Hamas mataram 1.189 pessoas, a maioria civis, no sul de Israel, de acordo com uma contagem da AFP baseada em dados oficiais israelenses.
Os milicianos também sequestraram 252 pessoas. Israel afirma que 121 continuam sequestrados em Gaza, dos quais 37 teriam sido mortas.
Israel prometeu "aniquilar" o Hamas e lançou uma ofensiva que até agora deixou 36.284 pessoas mortas em Gaza, de acordo com o Ministério da Saúde do território palestino, que é governado pelo movimento islamista desde 2007.
mra/tjc/an/dd/aa/jb/aa
© Agence France-Presse
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