Governo da Eslovênia reconhece Estado palestino, mas precisa de aprovação parlamentar
LUBLJANA (Reuters) - O governo esloveno aprovou nesta quinta-feira a decisão de reconhecer um Estado palestino independente, disse o primeiro-ministro Robert Golob, seguindo os passos de Espanha, Irlanda e Noruega.
A medida atraiu uma rápida reprovação de Israel.
O ministro das Relações Exteriores, Israel Katz, disse que a decisão recompensa o Hamas por assassinato e estupro, uma referência ao ataque do grupo islâmico palestino a Israel em 7 de outubro, que desencadeou a guerra em Gaza.
"Hoje o governo decidiu reconhecer a Palestina como um Estado independente e soberano", disse Golob em coletiva de imprensa em Ljubljana.
O Parlamento do país membro da União Europeia também deve aprovar a decisão do governo nos próximos dias.
A medida faz parte de um esforço mais amplo dos países para coordenar uma pressão sobre Israel para pôr fim ao conflito em Gaza.
Golob também pediu o fim imediato das hostilidades entre Israel e o Hamas em Gaza e a libertação de todos os reféns.
"Essa é a mensagem de paz", disse ele.
O governo esloveno hasteou uma bandeira palestina ao lado das bandeiras da Eslovênia e da UE em frente ao seu prédio no centro de Liubliana.
Em 28 de maio, a Espanha, a Irlanda e a Noruega reconheceram oficialmente um Estado palestino, o que provocou uma reação irada de Israel.
Dos 27 membros da União Europeia, Suécia, Chipre, Hungria, República Tcheca, Polônia, Eslováquia, Romênia e Bulgária já reconheceram um Estado palestino. Malta disse que pode fazer o mesmo em breve.
(Reportagem de Aleksandar Vasovic)