Partido Trabalhista britânico recebe apoio empresarial para eleições de julho
O Partido Trabalhista britânico recebeu, nesta terça-feira (28), o apoio de 120 personalidades do mundo empresarial para as eleições de 4 de julho, em uma medida que parece confirmar a confiança dos círculos econômicos no favorito para as eleições.
"Nós, diretores e investidores de empresas britânicas, acreditamos que chegou o momento da mudança", argumentam os signatários, entre os quais estão diretores atuais e anteriores do banco JPMorgan, do aeroporto de Heathrow e do fabricante de carros Aston Martin.
"Durante muito tempo, nossa economia sofreu com a instabilidade, falta de crescimento e falta de foco a longo prazo", analisam, argumentando que os trabalhistas, um partido de centro-esquerda, "demonstraram que mudaram e querem trabalhar com as empresas para alcançar todo o potencial econômico do Reino Unido".
O apoio lançado pelo mundo empresarial contrasta com a desconfiança que o programa mais à esquerda do líder trabalhista anterior, Jeremy Corbyn, que renunciou após o retumbante fracasso de seu partido nas eleições de 2019.
Corbyn, expulso do partido em 2020, acusado de levar o antissemitismo ao trabalhismo, concorrerá dessa vez como independente.
Seu sucessor, Keir Starmer, bem colocado para ser o novo primeiro-ministro, após 14 anos de governo conservador, está com mais de 20 pontos de vantagem em relação ao atual primeiro-ministro, Rishi Sunak, nas pesquisas.
A responsável por assuntos econômicos do Partido Trabalhista, Rachel Reeves, se prepara para dar seu primeiro discurso importante na próxima segunda-feira no início da campanha eleitoral.
Reeves prometerá que um governo trabalhista cuidará do bem-estar das empresas e dos trabalhadores, porque a economia do país dependerá de ambos, segundo trechos do seu discurso divulgados antecipadamente.
Por sua vez, o primeiro-ministro conservador, Rishi Sunak, buscou nesta terça-feira atrair os aposentados prometendo cortes de impostos de 95 libras em 2025-2026, até alcançar as 275 libras em 2029-2030.
"Essa medida ousada demonstra que estamos ao lado dos pensionistas", argumentou Rishi Sunak.
spe-psr/mb/dd/aa
© Agence France-Presse
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