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Atividade empresarial dos EUA acelera em maio; pressões de preços aumentam

23/05/2024 11h00

WASHINGTON (Reuters) - A atividade empresarial dos Estados Unidos acelerou para o nível mais alto em pouco mais de dois anos em maio, mas o setor industrial relatou um aumento nos preços de uma série de insumos, sugerindo que a inflação de bens pode aumentar nos próximos meses.

A S&P Global disse nesta quinta-feira que seu Índice de Gerentes de Compras (PMI) Composto preliminar dos EUA, que acompanha os setores de manufatura e serviços, saltou para 54,4 neste mês. Esse foi o nível mais alto desde abril de 2022 e seguiu-se a uma leitura final de 51,3 em abril.

Uma leitura acima de 50 indica expansão no setor privado. Economistas consultados pela Reuters previam que o índice ficaria em 51,1.

O aumento foi impulsionado pelo setor de serviços, com o PMI preliminar subindo de 51,3 em abril para 54,8. O PMI do setor industrial aumentou de 50,0 para 50,9.

O salto na atividade sugere que o crescimento econômico acelerou na metade do segundo trimestre.

O Produto Interno Bruto aumentou em um ritmo anualizado de 1,6% no trimestre de janeiro a março, em grande parte devido a um aumento nas importações para atender à forte demanda interna.

Dados de abril, incluindo vendas no varejo, início e permissão de construção de moradias, bem como a produção industrial, sugeriram que a economia perdeu ainda mais o ímpeto no início do segundo trimestre. O mercado de trabalho também está desacelerando.

"A confiança das empresas aumentou, sinalizando perspectivas mais animadoras para o ano à frente", disse Chris Williamson, economista-chefe de negócios da S&P Global Market Intelligence.

"No entanto, as empresas permanecem cautelosas com relação às perspectivas econômicas em meio à incerteza sobre a trajetória futura da inflação e da taxa de juros, e continuam a citar preocupações com instabilidades geopolíticas e a eleição presidencial."

As empresas enfrentaram preços mais altos para os insumos. O índice de preços de insumos da manufatura atingiu o nível mais alto em um ano e meio, em meio a relatos de preços mais altos de fornecedores para uma ampla variedade de insumos, incluindo metais, produtos químicos, plásticos e produtos à base de madeira, bem como custos de energia e mão de obra. Isso sugere que a desinflação dos produtos está perto de chegar ao fim.

Os custos mais altos de mão de obra também aumentaram os custos dos fornecedores de serviços, que procuraram repassar os custos mais altos para os clientes aumentando os preços de venda.

(Reportagem de Lucia Mutikani)

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