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Quatro mortos e sete feridos em ataques de dissidentes das Farc na Colômbia

20/05/2024 16h13

Quatro pessoas, entre eles dois policiais, morreram e pelo menos outras sete ficaram feridas em diversos ataques perpetrados por dissidentes da extinta guerrilha Farc no sudoeste da Colômbia, informaram as autoridades nesta segunda-feira (20). 

Os rebeldes do autodenominado Estado-Maior Central (EMC), que se recusaram a aderir ao acordo de paz de 2016, atacaram um banco e um posto policial em Morales, no departamento de Cauca, com tiros e bombas cilíndricas, indicou o ministro da Defesa, Iván Velásquez, em coletiva de imprensa.

Dois agentes e dois presos morreram, enquanto três policiais sofreram ferimentos, mas já estão "fora de perigo", acrescentou o ministro, que descreveu o ataque como um "atentado terrorista".

O diretor da polícia, general William Salamanca, afirmou que mobilizou uma operação devido à presença de mais explosivos nas ruas de Morales. O exército, por sua vez, enviou 100 soldados para o local. 

Um repórter da AFP observou o posto policial destruído com múltiplos tiros, imagens que lembram as letais incursões das extintas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) na década de 1990.

"Foram umas duas horas de angústia", contou à AFP uma moradora de Morales, que preferiu não dar seu nome.

Velásquez foi até Popayán, capital de Cauca, a pedido do presidente Gustavo Petro, e denunciou outras "intimidações" por parte da guerrilha nos municípios de, Dagua, Suárez e Jambaló. Mais cedo, o governo do departamento relatou ataques em Silvia.

Petro qualificou a situação em Cauca como "inaceitável". "Não toleraremos que continuem amedrontando a população com ataques terroristas", escreveu o presidente de esquerda na rede social X. 

Também no departamento vizinho de Valle del Cauca, uma motocicleta carregada de explosivos explodiu, deixando quatro feridos, incluindo três menores.

Em Cauca e Valle del Cauca operam frentes comandadas por Iván Mordisco, que até abril era considerado o líder absoluto da dissidência do EMC, mas o governo o retirou do processo de paz iniciado no final de 2023. 

Petro continuou negociando com outros líderes, que supostamente agrupam metade dos 3.500 combatentes do EMC, e iniciou uma ofensiva contra as forças de Mordisco.

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© Agence France-Presse

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