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Família de SP é suspeita de operar Pix falso para desviar doações ao RS

Três mandados de busca e apreensão contra o grupo também foram cumpridos - Divulgação
Três mandados de busca e apreensão contra o grupo também foram cumpridos Imagem: Divulgação
do UOL

Do UOL, em São Paulo

15/05/2024 15h10Atualizada em 15/05/2024 20h54

Um casal foi preso, em Santo André (SP), suspeito de simular contas oficiais do governo do Rio Grande do Sul nas redes sociais para desviar valores, via Pix, que deveriam ter sido destinados às vítimas das enchentes. As prisões do homem e da mulher aconteceram no âmbito da Operação Dilúvio Moral, deflagrada pelos policiais gaúchos nesta quarta-feira (15).

O que aconteceu

Filho do casal, menor de idade, também participava do esquema fraudulento, segundo a delegada Vanessa Pitrez. Porém, ele não foi apreendido, já que não se trata de crime violento, explicou ao UOL a diretora do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais).

Amigo da família também é investigado pela Polícia Civil, mas não foi preso.

Três mandados de busca e apreensão contra o grupo também foram cumpridos. A ação aconteceu com apoio da polícia de São Paulo.

Contas bancárias ligadas aos suspeitos foram bloqueadas. Segundo as investigações, o grupo iniciou "forte campanha" para desviar as doações, divulgando chaves Pix de pessoas físicas para recebimento dos valores.

"Número relevante" de pessoas foram vítimas da família, de acordo com a Polícia Civil do RS. Os suspeitos têm antecedentes criminais em casos como roubo, porte ilegal de arma de fogo, furto e tráfico de entorpecentes. As investigações ainda procuram outras provas e eventuais novos integrantes do grupo.

Força-tarefa

Operação faz parte de força-tarefa montada pela Polícia Civil do RS para combater fraudes relacionadas às chuvas, como noticiou o UOL na terça-feira (14).

Mais de 50 casos foram analisados pelos policiais, sendo que 70% já foram concluídos. Ainda há outros inquéritos instaurados que aguardam diligências para responsabilização dos envolvidos.

Foram derrubadas 15 páginas criminosas, criadas para desviar valores que seriam destinados às vítimas das chuvas, segundo a Polícia Civil. Ao menos cinco contas bancárias foram bloqueadas.

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