Topo
Notícias

Após início de rusga, Lula, Leite e Barroso pregam união no RS: 'orquestra'

15.mai.2024 - Evento em São Leopoldo (RS) com anúncio de auxílios para o Rio Grande do Sul - Reprodução / CanalGov
15.mai.2024 - Evento em São Leopoldo (RS) com anúncio de auxílios para o Rio Grande do Sul Imagem: Reprodução / CanalGov
do UOL

Do UOL, em São Paulo

15/05/2024 17h09Atualizada em 15/05/2024 17h31

Discursos de união política marcaram o evento na tarde desta quarta-feira (15), em São Leopoldo (RS), em que autoridades anunciaram medidas de apoio aos atingidos pelas cheias no Rio Grande do Sul.

O que aconteceu

Políticos falaram a favor da união entre as instituições para articular as ações de recuperação do RS. O presidente Lula (PT), o governador Eduardo Leite (PSDB), o ministro Paulo Pimenta e o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, defenderam a pacificação entre os Poderes e entre os entes federativos para garantir a ajuda ao estado.

Os discursos conciliatórios vieram após atritos entre o governo federal e o estadual. Na última segunda-feira, Leite afirmou que a suspensão da dívida do RS com a União por dez anos "não é suficiente" para aliviar as finanças do estado. E o governador disse, em conversas com aliados, que não ficou satisfeito com a escolha de Pimenta para o cargo de ministro temporário da reconstrução do RS.

Lula afirmou que os Poderes são autônomos, mas devem "funcionar como uma orquestra". Em seu discurso, ele afirmou que convidou os presidentes da Câmara, Arthr Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para acompanhá-lo na comitiva que foi ao RS. Os dois não viajaram devido às sessões de votação no Congresso, mas se reuniram com o presidente ontem no Palácio do Planalto.

Embora nós sejamos poderes autônomos, a gente tem que funcionar como orquestra. Ou seja, a gente não pode ser encontrar apenas em jantares, de vez em quando. A gente não pode se encontrar apenas para fazer um ato solene em Brasília. É importante que a gente se encontre também nos momentos de amargura do povo brasileiro
Presidente Lula (PT), em evento com anúncios de apoio ao Rio Grande do Sul

Leite e Barroso falaram contra a politização da tragédia. O governador, que já havia adotado um tom conciliatório na visita anterior de Lula, declarou hoje que diferenças políticas ou ideológicas não vão atrapalhar os trabalhos no estado. Já Barroso afirmou que a união entre os entes é "uma elevação de patamar civilizatório".

Nós estamos aqui para mostrar que não haverá diferenças políticas, não poderá haver diferença ideológica para superar o momento de união que deve ser atender as pessoas que mais precisam
Governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB)

Eu não sou da política, sou do Direito, mas é muito importante ressaltar nesse momento a presença do Presidente da República e do governador do estado. Acho que isso representa uma elevação de patamar civilizatório, que é a não politização de uma crise humanitária
Ministro Luís Roberto Barroso, presidente do STF

Pimenta disse que o governo federal trabalha em "sintonia e parceria" com a gestão estadual. O ministro, que assumiu o cargo de ministro da Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, afirmou que Lula teve a mesma postura colaborativa nas enchentes que atingiram o estado no ano passado.

Desde o primeiro momento temos trabalhado em absoluta sintonia e parceria com o governo do estado. Foi assim no episódio do Vale do Taquari, nas enchentes do ano passado. No trabalho do governo federal, orientado pelo presidente Lula, nós trabalhamos assim: é um trabalho suplementar ao trabalho do governo estadual e das prefeituras
Ministro Paulo Pimenta, da Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul

Notícias