Biden apoia a 'liberdade de expressão' nas universidades
O presidente Joe Biden "apoia a liberdade de expressão, o debate e a não discriminação nos campi universitários", declarou nesta quarta-feira (24) uma porta-voz da Casa Branca, em meio a manifestações contra a guerra entre Israel e o Hamas em Gaza.
As universidades tornaram-se um foco de debate nos Estados Unidos com um movimento em todo o país pedindo o fim da guerra e, de maneira geral, da ocupação israelense dos territórios palestinos.
Os conservadores acusam os manifestantes de antissemitismo.
"O presidente acredita que a liberdade de expressão, o debate e a não discriminação nos campi universitários são importantes", afirmou sua porta-voz, Karine Jean-Pierre, em uma coletiva de imprensa na Casa Branca.
"Acreditamos que é importante que as pessoas possam se expressar pacificamente. Mas quando há retórica de ódio, quando há violência, temos que condenar", acrescentou.
A tensão é palpável em algumas universidades americanas, especialmente em Nova York e em geral na costa leste dos Estados Unidos, depois que a polícia, a pedido das administrações das instituições, deteve estudantes contrários à guerra que devasta a Faixa de Gaza.
Os estudantes denunciam o apoio militar e diplomático dos Estados Unidos a Israel.
Como candidato à reeleição em novembro contra o republicano Donald Trump, o próprio presidente democrata se debate entre este apoio a Israel e a indignação de parte do eleitorado de esquerda, especialmente entre os jovens.
Nesta quarta-feira, Biden promulgou um pacote que inclui ajuda para Israel, mas também bilhões de dólares para lidar com a "urgente necessidade de ajuda humanitária", especialmente em Gaza.
A guerra em Gaza foi desencadeada por um ataque sem precedentes de membros do movimento islamista palestino Hamas em território israelense em 7 de outubro, que resultou na morte de 1.170 pessoas, segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais israelenses.
A operação militar israelense provocou um desastre humanitário e deixou mais de 34 mil mortos na Faixa de Gaza, a maioria civis, segundo o Ministério da Saúde do Hamas, que governa o território.
aue/cha/erl/nn/am
© Agence France-Presse
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