Musk trava batalha com Austrália por suposta 'censura'
SYDNEY, 24 ABR (ANSA) - Depois de atacar o Supremo Tribunal federal (STF) do Brasil, o bilionário Elon Musk decidiu agora travar uma batalha contra as autoridades australianas após a justiça ordenar a retirada dos vídeos do ataque na igreja de Sydney do X (antigo Twitter).
Segundo um tribunal da Austrália, a rede social deve retirar do ar em 24 horas as gravações que mostram um bispo sendo esfaqueado durante um ataque no subúrbio de Sydney.
A Comissão Australiana de eSegurança pediu a ordem judicial depois que o X ignorou os pedidos de remoção dos vídeos.
Musk, por sua vez, criticou a comissão e prometeu que apresentará um recurso contra a ordem. "A nossa preocupação é que, se qualquer país tiver permissão para censurar o conteúdo de todos os países, então o que impedirá qualquer país de controlar a Internet?", escreveu o proprietário da Tesla no X.
"Já censuramos o conteúdo em questão para a Austrália, aguardando contestação legal, e ele só está armazenado em servidores nos Estados Unidos", acrescentou ele.
A declaração é feita após o primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, afirmar que Musk estava cego para a angústia causada pelos vídeos. "Faremos o que for necessário para lidar com este bilionário arrogante que pensa estar acima da lei, mas também acima da decência comum", disse à emissora pública ABC.
Segundo o premiê australiano, "a ideia de que alguém iria ao tribunal pelo direito de publicar conteúdo violento em uma plataforma mostra o quão o senhor Musk está fora do mundo".
(ANSA).
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