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Mãe e filho que invadiram casa e mataram duas pessoas são presos em MT

Mortes foram registradas no município de Peixoto de Azevedo - Reprodução
Mortes foram registradas no município de Peixoto de Azevedo Imagem: Reprodução
do UOL

Do UOL, em São Paulo

23/04/2024 17h48Atualizada em 24/04/2024 09h15

A mãe e o filho suspeitos de invadir uma casa e matar duas pessoas a tiros no bairro Alvorada, em Peixoto de Azevedo (MT), foram presos na tarde desta terça-feira (23).

O que aconteceu

Inês Gemilaki e o filho Bruno Gemilaki Dal Poz eram procurados após o crime, ocorrido no domingo (21). Os dois foram gravados atirando nas vítimas e depois flagrados comprando bebidas durante a fuga.

Mãe e filho foram presos em uma fazenda da família a 180 quilômetros de Peixoto de Azevedo. O local, segundo a Polícia Civil, é de difícil acesso e tem mais de 85 quilômetros de estrada de chão.

A Polícia Civil cumpriu os mandados de prisão preventiva (por tempo indeterminado) contra eles. Os mandados contra a dupla, apontada como os autores do duplo homicídio, foram decretados pela Justiça após pedido da delegada Anna Paula Marien, responsável pelas investigações.

Inês e Bruno foram conduzidos para a Delegacia de Peixoto de Azevedo, onde serão interrogados ainda nesta terça-feira (23).

Prisões ocorreram após advogada da família procurar a Polícia Civil. A defensora afirmou que os suspeitos tinham a intenção de se entregar e pediu que os policiais fizessem o acompanhamento dela até a fazenda onde mãe e filho estavam para o cumprimento dos mandados e conduzi-los até a delegacia.

"Eles [mãe e filho] se entregaram e não houve resistência", disse a delegada. "As investigações continuam para que todas as diligências sejam feitas e todos os elementos de informação sejam reunidos e encaminhados ao Ministério Público e ao Poder Judiciário." Os presos são apontados pela Polícia Civil como responsáveis pelos dois homicídios, duas tentativas de homicídio e associação criminosa.

As armas de fogo e uma caminhonete Ford Ranger, usadas no crime, não foram encontradas na fazenda.

Ao UOL, a advogada Angelita Kemper, defensora de Inês e Bruno, afirmou que a dupla estava à disposição da Justiça desde a segunda-feira (22), por meio da defesa, com documento protocolado nos autos. A defensora também informou que não irá se manifestar sobre o caso.

Polícia prendeu dois suspeitos nesta manhã

Mais cedo, a polícia havia prendido dois homens envolvidos na ação. Márcio Ferreira Gonçalves, que era procurado por envolvimento no crime, e o irmão dele, Eder Gonçalves Rodrigues, que confessou participação no assassinato, foram detidos na manhã de hoje em uma residência no município de Alta Floresta (MT). Márcio é esposo de Inês Gemilaki e teria dirigido carro que apoiou a fuga dela e do filho após o crime.

Polícia não suspeitava de Eder, que confessou a participação na ação criminosa. Ele disse que entrou na residência com Inês quando ela cometeu os assassinatos enquanto o irmão os esperava no carro. A polícia acreditava que o homem gravado na ocasião era Márcio e não sabia da participação do irmão dele.

O UOL tenta localizar a defesa de Márcio e Eder. Os dois foram levados à Delegacia de Alta Floresta e a polícia solicitou a conversão da prisão em flagrante para prisão preventiva. O TJMT (Tribunal de Justiça de Mato Grosso) também foi procurado para saber se os dois passaram por audiência de custódia. Caso tenha retorno, esta nota será atualizada.

Relembre caso

Inês Gemilaki e Bruno Gemilaki Dal Poz mataram dois idosos após chegarem atirando. Os atingidos pelos tiros faziam parte de um grupo de oito pessoas que estavam no local para um almoço.

Mãe e filho atiravam "de forma indiscriminada". Eles não deram nenhuma chance de defesa ou fuga para as vítimas, ainda de acordo com a polícia.

Três pessoas foram atingidas. Pilson Pereira da Silva, 80 anos, e Rui Luiz Bolgo, 68 anos, morreram no local. Nas imagens, é possível ver quando a mulher entra na casa e atira em um idoso que está escondido atrás do sofá.

A terceira vítima é um padre da cidade. Ele precisou passar por uma cirurgia, mas está bem.

Suspeitos registraram BO contra proprietário da casa horas antes do crime. O alvo dos criminosos não foi atingido pelos disparos, segundo a delegada Anna Paula Marien. Ele ficou ferido por alguns estilhaços de vidro no local.

A família de Inês tinha dívidas com o homem, diz a polícia. "A suspeita locava o imóvel do proprietário e, ao sair, deixou algumas dívidas, o que gerou uma ação judicial. A partir daí, houve várias discussões e desentendimentos entre eles, o que resultou nesse crime bárbaro." As apurações ainda indicaram que o alvo dos criminosos teria feito ameaças públicas contra os investigados.

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