Arévalo promete não 'descansar' até derrubar questionada procuradora da Guatemala
O presidente da Guatemala, Bernardo Arévalo, prometeu nesta terça-feira (23), ao completar 100 dias de governo, que não descansará até conseguir derrubar a questionada procuradora-geral Consuelo Porras, que colocou em risco sua posse.
"Não descansaremos até conseguir, pela via legal, a destituição desta ameaça à democracia", disse Arévalo em referência a Porras, que no final de 2023 promoveu investigações polêmicas contra ele, seu partido e as eleições.
Instituições judiciais, como o Ministério Público sob o comando de Porras, "utilizam sua posição para intimidar seus críticos e para atacar e tentar enfraquecer, a partir de sua trincheira de impunidade, o projeto que o povo da Guatemala escolheu para o seu futuro", acrescentou Arévalo ao apresentar um relatório de três meses de gestão em um passeio público no centro da capital.
O presidente social-democrata, de 65 anos, não tem autoridade para removê-la, então iniciou ações legais buscando a destituição da funcionária sancionada pelos Estados Unidos e pela União Europeia, que a acusam de "corrupta" e "antidemocrática".
Arévalo denunciou Porras no final de fevereiro perante a Suprema Corte por "descumprimento de deveres" por ter se retirado de uma reunião de ministros.
O tribunal ainda não se pronunciou, enquanto a procuradora mantém uma petição perante a mesma Corte para retirar a imunidade de Arévalo a fim de processá-lo por suposta lavagem de dinheiro em seu partido, o Semilla.
"A ordem e a limpeza não são alcançadas da noite para o dia, e estamos caminhando entre armadilhas e precipícios, mas estamos navegando com a cautela necessária e com a certeza de que estamos indo em direção à terra firme, longe do pântano da corrupção", acrescentou Arévalo.
O presidente enfrenta críticas de falta de firmeza para combater a corrupção e por perder o pulso em relação a Porras.
Arévalo apresentou o relatório diante de seu gabinete, deputados, líderes indígenas, diplomatas e dezenas de transeuntes na praça pública. Depois, caminhou até o Palácio Nacional, acompanhado por uma banda escolar e grupos artísticos.
hma/mis/db/ic
© Agence France-Presse
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