EUA concorda em retirar tropas do Níger, afirmam funcionários
Os Estados Unidos aceitaram, nesta sexta-feira (19), retirar mais de 1.000 soldados destacados no Níger após o pedido da junta militar governante, informaram funcionários, o que supõe uma mudança de sua postura nesse país africano que abriga uma importante base de drones.
O subsecretário de Estado dos Estados Unidos, Kurt Campbell, aceitou o pedido em uma reunião em Washington com o primeiro-ministro da junta militar, Ali Mahaman Lamine Zeine, disseram os responsáveis americanos à AFP sob condição de anonimato.
Os dois estabeleceram que uma delegação de Washington visite a capital nigerina, Niamey, nos próximos dias, para organizar uma retirada ordenada. A televisão estatal do país africano anunciou previamente que está previsto que essa missão chegue ao país na próxima semana.
Durante muito tempo, o Níger foi um dos eixos da estratégia de Estados Unidos e França para combater os jihadistas na África Ocidental.
Washington construiu uma base na cidade desértica de Agadez com um custo de 100 milhões de dólares (R$ 522 milhões na cotação atual) para o destacamento de uma frota de drones.
O secretário de Estado americano, Antony Blinken, visitou o Níger em março de 2023 para mostrar seu apoio e respaldar o então presidente, Mohamed Bazoum, um aliado-chave do Ocidente.
Mas quatro meses depois, os militares destituíram o político e expulsaram as tropas da França, a antiga metrópole colonial.
Desde então, a junta, assim como os governos militares dos vizinhos Mali e Burkina Faso, tem buscado ampliar suas relações com a Rússia.
sct/acb/atm/cjc/arm/rpr
© Agence France-Presse
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