Candidatas presidenciais do México falam de projetos em matéria econômica
A candidata que lidera a corrida presidencial do México, a governista Claudia Sheinbaum, elogiou, nesta sexta-feira (19), "a solidez da economia", enquanto sua adversária de centro-direita Xotchitl Gálvez prometeu um país de "classe média" e empreendedores.
As duas concorrentes participaram, embora sem se cruzarem uma com a outra, da Convenção Bancária anual organizada em Acapulco, famoso balneário da costa do Pacífico destruído no final de outubro pelo poderoso furacão Otis, que chegou à categoria 5, a máxima na escala Saffir-Simpson.
Sheinbaum louvou os bons resultados da "austeridade republicana" implementada por seu mentor, o presidente Andrés Manuel López Obrador, e que, segundo ela, traduziram-se em uma dívida e em uma inflação controladas e em um recorde de investimentos estrangeiros.
"Não vamos aumentar o déficit nem a dívida de maneira importante", disse.
Sobre uma eventual reforma fiscal, disse que, por ora, não tem nenhuma prevista e que, em todo caso, deveria ser votada com o consenso de todos os partidos.
Sua rival opositora Xóchitl Gálvez foi a primeira a participar da reunião de banqueiros, diante dos quais acusou o governo do partido esquerdista Morena de ameaçar a realocação de empresas estrangeiras ao longo da fronteira com os Estados Unidos ("nearshoring").
"Mais seis anos de [um governo do Morena] e será o fim do 'nearshoring'", sustentou.
Gálvez propôs a criação de uma "agência nacional" para o empreendimento e a inovação" ao mesmo tempo em que acusou o governo de esquerda de "odiar" os empresários.
Também pediu uma "agência aduaneira binacional" com os Estados Unidos para combater a importação de armas americanas ao México e a exportação de drogas.
Por fim, Gálvez pediu a devolução do capital privado à petrolífera estatal Pemex, que está muito endividada. Sugeriu também que a companhia estatal se expanda para o hidrogênio e as energias renováveis.
st/sem/cjc/rpr/am
© Agence France-Presse
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