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Relatório de comitê dos EUA mostra apenas ofícios enviados ao X, diz STF

do UOL

Do UOL, em São Paulo

18/04/2024 16h19Atualizada em 18/04/2024 20h05

O STF rebateu, nesta quinta-feira (18), o relatório divulgado pelo Comitê de Assuntos Jurídicos da Câmara dos EUA, que mostra ordens emitidas pelo ministro Alexandre de Moraes contra posts e perfis no X. As determinações não teriam uma fundamentação explícita.

O que aconteceu

A Suprema Corte afirmou que, na verdade, são apenas de ofícios. "Não se tratam das decisões fundamentadas que determinaram a retirada de conteúdos ou perfis, mas sim dos ofícios enviados às plataformas para cumprimento da decisão".

Segundo o STF, as justificativas dos pedidos estariam nessas decisões, que têm o acesso liberado para as partes envolvidas.

O comunicado utiliza um mandado de prisão como exemplo. "É como se tivessem divulgado o mandado de prisão (e não a decisão que fundamentou a prisão), ou o ofício para cumprimento do bloqueio de uma conta (e não a decisão que fundamentou o bloqueio)".

A Suprema Corte ressaltou que "todas as decisões tomadas pelo STF são fundamentadas, como prevê a Constituição".

Relatório

O Comitê de Assuntos Jurídicos da Câmara dos EUA divulgou um relatório, na quarta-feira (17), em que cita uma suposta censura à liberdade de expressão no Brasil, que seria promovida pelo STF. A comissão é presidida pelo republicano Jim Jordan, apoiador do ex-presidente Donald Trump.

O documento é intitulado de "O ataque à liberdade de expressão no exterior e o silêncio da administração Biden: o caso do Brasil". O relatório diz que essa suposta censura no Brasil - e em outros países, como Canadá e França - deve servir de alerta aos EUA.

O texto diz que o ministro Alexandre de Moraes, com "este novo e extraordinário poder", atacou críticos da direita e da esquerda. O documento cita uma série de medidas de Moraes e coloca o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus apoiadores como vítimas do STF. O comitê também relembra o recente conflito entre o X e o ministro.

O relatório conta com dezenas de determinações judiciais em anexo para fundamentar a alegação de censura.

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