SP atinge meta de relatórios de inspeção de pomares contra cancro cítrico e HLB
São Paulo, 2 - O Estado de São Paulo alcançou, na segunda-feira, a meta de 100% de relatórios de inspeção de pomares para o cancro cítrico e HLB (greening) entregues pelos produtores de laranja, melhor índice em 20 anos. O prazo para entrega do relatório chegou ao fim no dia 15 de janeiro, mas produtores inadimplentes foram acionados para regularizar a situação, informa a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado, por meio da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA).Segundo dados do sistema informatizado de Gestão Animal e Vegetal (Gedave), até de 15 janeiro, 96,6% do setor da citricultura conseguiu atender o prazo de entrega do documento que relatava as vistorias realizadas entre 1º de julho e 31 de dezembro de 2023.Após a busca dos produtores que não haviam entregado o relatório, o número de plantas inspecionadas, que antes era de 214,9 milhões, passou para 219,8 milhões. Além disso, os números apontam 10.398 relatórios entregues e 2,3 milhões de plantas com sintomas da doença foram erradicadas."Visando a sanidade do setor citrícola, a Defesa Agropecuária, a partir de janeiro, começou a acionar os inadimplentes para regularizarem suas situações, sendo possível saber a real situação desses pomares e para que a cultura dos citros no Estado de São Paulo continue sendo uma referência nacional", disse na nota o agrônomo e diretor do Centro de Defesa Sanitária Vegetal (CDSV), Adão Marin. "As propriedades que entregaram relatório após o dia 15 de janeiro serão sorteadas e terão fiscalização in loco para conferência do manejo adequado", acrescentou.O cancro cítrico é causado pela bactéria Xanthomonas citri pv. citri que ataca todas as variedades e espécies de citros, provoca lesões em folhas, frutos e ramos e, quando em alta incidência, provoca desfolha e queda de frutos. É uma praga restritiva de comercialização de frutos para outros Estados e também para a exportação.No caso do HLB (greening), há registro de sua ocorrência em todo Estado de São Paulo. A doença é causada pela bactéria Candidatus Liberibacter spp. e disseminada pelo inseto psilídeo (Diaphorina citri). É considerada a maior ameaça à sustentabilidade da citricultura.
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