Hezbollah diz ter disparado grande quantidade de foguetes contra base de vigilância israelense
O Hezbollah disse ter lançado uma saraivada de foguetes contra uma base de vigilância aérea israelense na terça-feira, em resposta ao ataque mais profundo dos militares israelenses ao território libanês, sem relatos imediatos de vítimas dos foguetes.
Aviões de guerra israelenses atingiram o Vale do Bekaa na segunda-feira, em uma intensificação das hostilidades transfronteiriças que a guerra em Gaza desencadeou em outubro, levando o grupo apoiado pelo Irã a responder com disparos de foguetes na segunda e na terça-feira.
As forças de paz da ONU no Líbano pediram a todas as partes que cessem as hostilidades para evitar uma nova escalada, alertando que os eventos recentes poderiam colocar em risco uma solução política para o conflito.
A missão de manutenção da paz, Unifil, disse ter visto uma "mudança preocupante" nas trocas de disparos entre Israel e o Hezbollah e que estava se envolvendo com as partes para diminuir as tensões e evitar mal-entendidos perigosos.
A base visada pelo Hezbollah na terça-feira foi a mesma atingida em ataques anteriores e, até o momento, não houve nenhum outro sinal de retaliação militar mais ampla por parte do grupo.
Israel afirmou ter atacado as defesas aéreas do Hezbollah em Bekaa na segunda-feira, em resposta à queda de um drone israelense que o Hezbollah afirmou ter derrubado com um míssil terra-ar. O ataque israelense matou pelo menos dois membros do Hezbollah, segundo fontes libanesas.
O Hezbollah então disparou 60 foguetes na segunda-feira contra uma estação do Exército israelense nas Colinas de Golã, ocupadas por Israel. O grupo não informou quantos foguetes foram disparados na manhã de terça-feira, mas disse que foi uma grande quantidade.
O político do Hezbollah Hassan Fadlallah declarou na segunda-feira que os ataques de Israel em Bekaa "não ficarão sem resposta".
O ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, disse no domingo que Israel planejava aumentar os ataques contra o Hezbollah no caso de um possível cessar-fogo em Gaza "até a retirada total do Hezbollah" da fronteira.