Pentágono absolve a si mesmo após internação secreta de Lloyd Austin
WASHINGTON (Reuters) - O Pentágono divulgou nesta segunda-feira os resultados de uma revisão de 30 dias que efetivamente absolveu a si mesmo de qualquer irregularidade nas internações secretas do secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, em dezembro e janeiro.
É improvável que o relatório acalme o furor político ou atenue as prováveis perguntas de parlamentares nesta semana, quando Austin, chefe do Pentágono, deve comparecer ao comitê de Serviços Armados da Câmara dos Deputados para prestar esclarecimentos sobre o assunto.
Austin manteve em segredo uma cirurgia para tratar um câncer de próstata em dezembro e outra internação em janeiro, deixando de revelar os fatos até mesmo para o presidente Joe Biden. O próprio vice de Austin, que estava de férias em janeiro e acabou assumindo suas funções, não foi informado durante dias que Austin esteve no hospital.
A revisão realizada por autoridades do Pentágono afirmou que "nada do que foi examinado durante esta revisão demonstrou qualquer indicativo de má intenção ou tentativa de obscurecer”. Austin também revisou o relatório.
Mais cedo neste mês, Austin pediu desculpas não ter informado com antecedência o presidente Biden e funcionários seniores de seu recente diagnóstico de câncer de próstata, acrescentando que o problema de saúde foi um "soco no estômago" que o deixou abalado.
Parlamentares republicanos e democratas criticaram Austin por não revelar o diagnóstico de câncer e as subsequentes internações. Alguns republicanos importantes, incluindo o ex-presidente Donald Trump, cobraram que Austin fosse retirado do cargo.
(Reportagem de Phil Stewart e Idrees Ali)