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Justiça concede liberdade provisória à doleira Nelma Kodama

26.jul.2017 - A ex-doleira Nelma Kodama, presa na Operação Lava Jato, em imagem de setembro de 2014 - Folhapress
26.jul.2017 - A ex-doleira Nelma Kodama, presa na Operação Lava Jato, em imagem de setembro de 2014 Imagem: Folhapress
do UOL

Do UOL, em São Paulo

22/02/2024 08h53

O TRF-1 concedeu liberdade provisória à doleira Nelma Kodama, 56, acusada por narcotráfico.

O que aconteceu

Desembargador Ney Bello atendeu a pedido da defesa de Nelma e converteu a prisão domiciliar em liberdade provisória. Na decisão assinada ontem, ele reconhece que desde a prisão dela em abril de 2022 "já perdura por quase dois anos, não tendo sido informado qualquer registro de descumprimento das medidas cautelares impostas".

Ela ainda deve seguir uma série de imposições, como uso de tornozeleira eletrônica e proibição de manter contato com outros acusados no caso.

Nelma também está proibida de sair do país e deve entregar o passaporte em até 24 horas, "considerando as circunstâncias nas quais se efetivou a sua prisão", escreveu o desembargador.

Em nota, os advogados que a representam, Bruno Ferullo e Felipe Cassimiro, elogiaram a decisão. "O desembargador federal Ney Bello honra o Poder Judiciário pátrio ao proferir uma decisão em habeas corpus que está em total consonância com os valores fundamentais da Constituição Federal", disseram.

Relembre o caso

Nelma foi presa em abril de 2022 em um hotel de luxo em Lisboa, Portugal, durante operação da Polícia Federal para desarticular uma organização criminosa especializada no tráfico de cocaína.

Ela é acusada de tentar enviar 580 kg de cocaína para a Europa. A droga foi apreendida na fuselagem de um avião em 9 de fevereiro de 2021 no aeroporto internacional de Salvador (BA). Parte da droga estaria relacionada ao PCC (Primeiro Comando da Capital), segundo a Polícia Federal.

Primeira delatora da Operação Lava Jato, Nelma foi presa anteriormente em março de 2014, no aeroporto internacional de São Paulo, quando tentava embarcar para Milão, na Itália, com 200 mil euros escondidos. Ela foi condenada a 18 anos de prisão em 2014, mas em 2017 teve a pena extinta após indulto de Natal concedido pelo ex-presidente Michel Temer (MDB).

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