Dois jihadistas condenados na Espanha por recrutar outros presos
Um tribunal da Espanha anunciou, nesta terça-feira (13), que condenou dois homens que cumpriam pena por pertencerem a uma organização terrorista a sete anos e seis meses de prisão por recrutarem outras pessoas para a jihad através de cartas.
A Audiência Nacional, uma jurisdição em Madri responsável por questões de terrorismo, condenou Karim Abdeselam Mohamed, de 50 anos, e Mohamed El Gharbi, de 36, pelo "crime de recrutamento e doutrinação terrorista", afirmou o tribunal em um comunicado.
Ambos "enviaram cartas a outros presos, a fim de mantê-los unidos na ideologia jihadista do Estado Islâmico, assim como para encorajá-los a continuar a sua atividade terrorista quando forem libertados", explicou o tribunal.
Mohamed foi condenado em 2015 a doze anos de prisão por pertencer a uma organização terrorista, enquanto Gharbi foi condenado em 2019 a oito anos.
Um terceiro suspeito, Abdelah Abdeselam Ahmed, foi absolvido porque embora as suas cartas tivessem "um conteúdo beligerante e rigoroso do ponto de vista religioso e ideológico, (...) não incluíam slogans, emblemas ou desenhos da organização terrorista" Estado Islâmico, segundo o comunicado.
Gharbi e Mohamed se conheceram na prisão e mantiveram contato por meio de cartas, acabando por concordar em "unir os reclusos presos por crimes relacionados com o terrorismo jihadista e liderá-los para que não abandonassem a ideologia".
Também fizeram desenhos em locais visíveis da prisão para mostrar que havia "prisioneiros islâmicos radicais ali detidos" e para manter os recrutas unidos em um "coletivo", explicou o tribunal.
Em suma, foi "um conjunto de atividades totalmente idôneas para radicalizar, captar, doutrinar e recrutar seguidores para a causa" do Estado Islâmico, acrescenta o comunicado.
Mohamed foi preso em 2015, juntamente com outros 10 jihadistas, por pertencer a um grupo ligado ao Estado Islâmico que recrutou potenciais homens-bomba para irem à Síria.
hmw/CHZ/du/rs/mb/aa
© Agence France-Presse
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