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"Apoiamos os civis, não o Hamas", dizem parisienses em manifestação em prol do povo de Gaza

09/12/2023 16h25

Manifestantes marcharam em Paris e em várias outras cidades francesas na tarde de sábado (9) para expressar sua "solidariedade com o povo de Gaza" e pedir o fim do bombardeio do exército israelense ao território palestino. "Apoiamos os civis, não o Hamas", diziam cartazes.

Na marcha parisiense de 1.800 pessoas, de acordo com a prefeitura de polícia, entoaram slogans como "Parem o bombardeio imediatamente" e "Israel está assassinando as crianças da Palestina", informou um jornalista da AFP.

"Imaginar seus colegas trabalhando sem água, sem eletricidade, amputando sem analgésicos sob os bombardeios, com soldados armados entrando nas áreas de tratamento é revoltante", disse Nora, que deu apenas seu primeiro nome e é membro do coletivo Carers for Gaza (Cuidadores para Gaza, em tradução do inglês).

"Nós apoiamos os civis, não o Hamas. Uma vida vale uma vida", acrescenta a mulher, de 30 anos.

Gaël Quirante, membro da liderança do Novo Partido Anticapitalista (NPA), uma das organizações que convocou a manifestação, acredita que "não é em um momento em que Israel está intensificando seus bombardeios e seu massacre do povo de Gaza que devemos (parar) com as iniciativas de rua".

"Pelo contrário, devemos continuar a denunciar o manto de chumbo do Estado de Israel" e "a confusão que levou alguns a equiparar o apoio ao povo de Gaza ao antissemitismo", argumentou.

Franceses em "solidariedade aos civis de Gaza" 

Em Estrasburgo, leste francês e 495 km da capital, 400 pessoas marcharam, de acordo com a prefeitura, e em Marselha, no sul do país, havia cerca de 500 manifestantes, segundo a polícia. Outras manifestações também ocorreram em outras cidades da França.

A manifestação convocada pelo coletivo "Urgence Palestine Marseille" havia sido proibida pela prefeitura de polícia "devido ao sério risco de perturbação da ordem pública" em face de slogans considerados suscetíveis de "importar uma abordagem de confronto". No entanto, o tribunal administrativo finalmente suspendeu a ordem de proibição depois que os organizadores apresentaram um pedido de medidas provisórias.

Conflito se intensifica após veto dos EUA na ONU

Os combates se intensificam em toda a Faixa de Gaza, neste sábado (9), depois que os Estados Unidos vetaram um cessar-fogo no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas e apoio a Israel na guerra contra o Hamas.

A guerra entre Israel e o Hamas, que entrou em seu 64º dia no sábado, foi desencadeada por um ataque sangrento sem precedentes do movimento islâmico palestino contra Israel em 7 de outubro.

De acordo com Israel, 1.200 pessoas, a maioria civis, foram mortas no ataque e 240 pessoas foram sequestradas e levadas para Gaza, 138 das quais permanecem em cativeiro.

O Ministério da Saúde do Hamas anunciou no sábado que os bombardeios haviam causado 17.700 mortes e 48.780 feridos em dois meses de guerra.

(Com informações da AFP)

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