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Itália tem quase 30% de menores em risco de pobreza, diz estudo

06/12/2023 12h50

ROMA, 6 DEZ (ANSA) - O risco de pobreza ou exclusão social afeta 28,8% das crianças e jovens com menos de 16 anos em 2022 na Itália, em comparação com 24,4% da população total.   

Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (6) pelo Instituto Nacional de Estatística da Itália (Istat) em um estudo sobre as condições de vida das crianças.   

Os indicadores mostram que as crianças são mais desfavorecidas quando residem no sul e nas ilhas (46,6%), em comparação com o centro (21,4%) e o norte (18,3%).   

Existem diferenças significativas em termos de risco entre famílias monoparentais (39,1%) e casais com filhos menores (27,2%).   

Crianças com cidadania estrangeira têm um risco de pobreza ou exclusão social de 41,5%, um valor quase 15 pontos percentuais superior ao de crianças italianas (26,9%).   

Em 2021, 4,9% das crianças com menos de 16 anos viviam em famílias que enfrentavam dificuldades econômicas a ponto de impedir a compra de alimentos necessários; esse percentual sobe para 7% no Sul.   

Estes dados do Istat também revelam que 2,5% das crianças com menos de 16 anos não consomem pelo menos uma refeição proteica por dia porque a família não pode arcar com isso.   

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) também revelou nesta quarta-feira que a Itália está em 34º lugar entre 39 países na classificação da pobreza monetária infantil nos países ricos, ocupa o 33º lugar em relação à pobreza infantil em termos de renda mais recente e o 25º lugar em relação à variação da pobreza infantil entre 2012-14 e 2019-21.   

Mais de uma em cada quatro crianças na Itália (25,5%) vive em condições de pobreza relativa ligada à renda (média entre 2019 e 2021).   

"A Itália fez poucos progressos na eliminação da pobreza infantil: a redução foi inferior a 1% (mais precisamente, de 0,8%). A pobreza na Itália muitas vezes é persistente. Em 2021, estimou-se que 17,5% de todas as crianças viveram em condições de pobreza nos dois anos anteriores. Este dado é preocupante porque períodos mais longos de pobreza têm um impacto ainda mais negativo nas crianças", disse o relatório. (ANSA).   

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