Topo
Notícias

Reino Unido anuncia medidas mais rígidas de visto para reduzir imigração

04/12/2023 15h42

Por Alistair Smout e Muvija M

LONDRES (Reuters) - O Reino Unido tomou medidas nesta segunda-feira para tentar reduzir o número de imigrantes que chegam ao país por vias legais, aumentando em um terço o valor mínimo do salário que eles devem ganhar em um emprego, depois que a imigração líquida recorde em 2022 pressionou o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, a agir.

Os altos níveis de imigração legal dominaram por mais de uma década o cenário político do Reino Unido, e Sunak prometeu obter mais controle depois que parlamentares do seu Partido Conservador criticaram o retrospecto do premiê antes de uma eleição prevista para o próximo ano.

O ministro do Interior, James Cleverly, disse que o governo vai aumentar o limite do salário mínimo para trabalhadores estrangeiros qualificados para 38.700 libras (48.900 dólares), em comparação com o nível atual de 26.200 libras; reformar a lista de empregos para os quais são feitas exceções devido à escassez; e endurecer as regras sobre a possibilidade de os trabalhadores trazerem suas famílias.

"A imigração para este país é muito alta e precisa diminuir, e hoje estamos tomando medidas mais robustas do que qualquer outro governo antes", disse Cleverly aos parlamentares.

"Esse pacote de medidas será implementado a partir da próxima primavera (no hemisfério norte)."

As medidas podem levar a novas disputas com proprietários de empresas que têm tido dificuldades para contratar trabalhadores nos últimos anos, devido ao mercado de trabalho persistentemente restrito do Reino Unido e ao fim da livre circulação da União Europeia após a saída do Reino Unido do bloco.

A imigração líquida anual para o Reino Unido atingiu um recorde de 745.000 no ano passado e tem se mantido em níveis elevados desde então, segundo dados do mês passado.

"Esse pacote, somado à nossa redução de dependentes de estudantes, significará que cerca de 300.000 pessoas a menos virão para o Reino Unido nos próximos anos do que vieram no ano passado", disse Cleverly.

Notícias