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AL: Desabamento deve ser localizado, mas demanda atenção, diz ministério

Foto aérea mostra região onde está a mina 18, no bairro do Mutange, que pode colapsar em Maceió - Governo de Alagoas
Foto aérea mostra região onde está a mina 18, no bairro do Mutange, que pode colapsar em Maceió Imagem: Governo de Alagoas
do UOL

Do UOL, em São Paulo

03/12/2023 15h27

Relatório do Ministério de Minas e Energia divulgado neste domingo (3) diz que se o desabamento da mina da Braskem, em Maceió, ocorrer ele deve ser localizado.

O que aconteceu

A avaliação foi feita por especialistas do Serviço Geológico do Brasil. "Observa-se estabilização da situação, com redução do ritmo de subsidência do terreno e redução da probabilidade de deslocamentos de terra de larga escala", afirma o relatório.

Ainda assim, o ministério afirma que é "necessário continuar o ostensivo monitoramento da área como um todo". As análises foram feitas após reuniões entre os integrantes da pasta, do Serviço Geológico e da Agência Nacional de Mineração no sábado (2).

"Não se observa alteração expressiva do nível da lagoa. Entende-se haver baixo risco de contaminação da lagoa", diz trecho do documento. Até o momento, o solo já cedeu 1,69 metro.

O solo afundou 10,8 centímetros nas últimas 24 horas, segundo boletim divulgado às 9h pela Defesa Civil de Maceió. A velocidade do afundamento diminuiu em relação aos outros dias — ela chegou a 5 centímetros por hora e, hoje, está em 0,7 cm/h.

A situação ainda é crítica, porque esse parâmetro [velocidade de afundamento] é muito alto. Quando estávamos apenas observando eram milímetros. [...] Isso [redução na velocidade] não é uma certeza da estabilização, mas pode ser um caminho para estabilização.
JHC, prefeito de Maceió, à CNN Brasil

A equipe continua interagindo com autoridades locais para acompanhar a situação, prestar assessoramento técnico e promover medidas de proteção e mitigação necessárias.
Ministério de Minas e Energia

Entenda o caso

O deslocamento do subsolo ocorre devido à extração feita pela Braskem de sal-gema, um cloreto de sódio utilizado para produzir soda cáustica e PVC, desde 1976. O problema começou em fevereiro de 2018, após fortes chuvas e um tremor de terra. Desde então, a situação só se agravou.

Mais de 15 mil imóveis tiveram de ser desocupados, expulsando 60 mil moradores de suas casas. As áreas se transformaram em bairros fantasmas.

Em notas divulgadas à imprensa, a Braskem diz monitorar a situação com equipamentos de alta tecnologia e trabalha com dois cenários possíveis para resolver o problema. A empresa prevê uma "acomodação gradual até a estabilização" ou uma "possível acomodação abrupta" — ou seja, um colapso.

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