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Representantes de Puigdemont e dos socialistas de Sánchez fazem reunião na Suíça

02/12/2023 15h19

O partido do líder independentista catalão Carles Puigdemont, exilado na Bélgica desde 2017, e os socialistas do presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez, finalmente se encontraram neste sábado (2), na Suíça - uma reunião antecedida por grande sigilo.

O primeiro encontro, desde o acordo em que o Juntos pela Catalunha (JuntsXCat) possibilitou em 16 de novembro, com seus sete deputados, a posse de Sánchez para um novo mandato, aconteceu "em um ambiente cordial e de trabalho", explicou o partido catalão em um comunicado.

O JuntsXCat também anunciou que o diplomata salvadorenho Francisco Galindo Vélez, que foi embaixador de El Salvador na França, participou da reunião e será "quem coordenará o mecanismo internacional que faz parte do acordo político", uma figura de mediador, solicitada pelos separatistas.

"Correu bem", disse à imprensa no aeroporto de Genebra o número três do PSOE, Santos Cerdán, que representou seu partido na reunião, enquanto se preparava para voltar à Espanha.

O partido catalão não esclareceu se Puigdemont, eurodeputado que deixou a Espanha em 2017, após o fracasso da tentativa de secessão, esteve no encontro. O local também não foi especificado, mas os negociadores de ambos os partidos chegaram ao aeroporto de Genebra.

O fato de a reunião ter ocorrido fora da Espanha, diante de um mediador estrangeiro, e envolvendo o partido de um líder político procurado pela justiça espanhola, intensificou a controvérsia e as críticas à Sánchez por parte da oposição.

O acordo com Puigdemont já gerou vários protestos. No domingo, Madrid será palco de um novo ato de manifestação, convocado pelo conservador Partido Popular (PP).

"O maior ativista da causa independentista já não é Carles Puigdemont: é Pedro Sánchez", lamentou o PP neste sábado.

Em troca de apoiar Sánchez para um novo mandato, o partido de Puigdemont conseguiu o compromisso de uma futura adoção de uma lei de anistia para os separatistas processados pela Justiça, bem como a abertura de negociações sobre o "reconhecimento nacional da Catalunha".

al/eg/ms/ic

© Agence France-Presse

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