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Doadores unem-se ao Banco Mundial na busca de US$ 11 bi para o clima na COP28

01/12/2023 14h22

Por Simon Jessop e Tommy Wilkes

DUBAI (Reuters) - Algumas das maiores instituições de caridade do mundo uniram forças com o braço de investimentos privados do Banco Mundial em um empreendimento de financiamento climático para tentar gerar 11 bilhões de dólares em investimentos nos países em desenvolvimento.

Com o lançamento da plataforma Allied Climate Partners (ACP) nesta sexta-feira, o grupo pretende usar 825 milhões de dólares iniciais para atrair muito mais dinheiro privado do que qualquer outra combinação anterior de recursos público e privado desse tipo.

Levar dinheiro aos países mais pobres para ajudá-los a alcançar uma economia de baixo carbono -- as necessidades totais de investimentos relacionados ao clima são estimadas em 2,4 trilhões de dólares por ano -- é tema central das negociações climáticas da COP28 em Dubai.

O Three Cairns Group, de Mark Gallogly, e o Bezos Earth Fund estão entre os doadores filantrópicos que pretendem dar início ao ACP com 235 milhões de dólares, e espera-se que outros 590 milhões de dólares venham de investidores, incluindo a Corporação Financeira Internacional (IFC, em inglês), do Banco Mundial.

Jamie Fergusson, diretor global de negócios climáticos da IFC, disse à Reuters que o ACP é uma das maiores entradas de capital filantrópico em um mundo que tem sido excessivamente dependente de fontes soberanas.

"Na ausência de fluxos suficientes do norte ao sul, obter alavancagem dos bolsos do financiamento misto é realmente vital", disse Fergusson.

Os patrocinadores do empreendimento esperam que seu dinheiro possa levantar um total de 11 bilhões de dólares em financiamentos de dívida e capital para projetos relacionados ao clima. Eles também esperam que o empreendimento possa resolver os problemas de parcerias público-privadas anteriores prejudicadas pela preocupação com os altos níveis de risco.

Empreendimentos como o ACP podem ajudar a preencher a lacuna à medida que o dinheiro público ou filantrópico absorve mais riscos, por exemplo, assumindo as primeiras perdas de um projeto.

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