Ala do PSOL quer ter candidato à presidência e Glauber Braga é cotado
Uma ala do PSOL (Partido Socialismo e Liberdade) irá lançar hoje, às 19h, um manifesto em prol da pré-candidatura do deputado Glauber Braga para a Presidência da República. A iniciativa recebe apoio de uma maioria da bancada federal do PSOL e setores da militância do partido.
Hoje será lançado um manifesto com cerca de 1 mil assinaturas com representações políticas do PSOL e de fora do PSOL solicitando que eu coloque meu nome a disposição para ser pré-candidato e eu quero dizer que eu topei", disse Braga em um vídeo compartilhado nas redes sociais
Glauber Braga (PSOL-RJ), deputado federal
Segundo o deputado, militantes e correntes do PSOL lhe procuraram pedindo para que seu nome fosse cotado entre os candidatos à presidência e que no começo, teria dito que existiam "etapas a serem cumpridas".
O parlamentar se referiu ao debate sobre os nomes que poderiam ser escolhidos pela legenda, agendado para setembro.
Essas correntes [do partido] têm se buscado e eu fiquei honrado com isso, perguntando se eu topava a iniciativa de ser pré-candidato à presidência da república. Ate então eu dizia que tinham etapas a serem cumpridas, que não era momento para tal, mas nas últimas semanas isso se intensificou muito e eu fico honrado e ao mesmo tempo é uma tamanha responsabilidade
Glauber Braga (PSOL-RJ), deputado federal
A deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP), esposa de Glauber Braga (PSOL-RJ), declarou que o Brasil "precisa de uma plataforma de esquerda que ajude a derrotar Bolsonaro".
A mensagem foi compartilhada no Twitter, em apoio à candidatura de Braga pela legenda.
Ao UOL, a assessoria nacional do partido informou, em nota, que não se responsabiliza pelo manifesto.
A legenda alega que esta é uma "iniciativa unilateral de alguns filiados" e que o debate sobre tática eleitoral do PSOL será feito a partir do 7º Congresso Nacional, que está previsto para ocorrer em setembro deste ano.
Discordância interna
A deputada Talíria Petrone (PSOL-RJ) publicou hoje uma série de tweets discordando da pré-candidatura do colega de bancada. Para ela, o anúncio é precipitado e coloca as eleições de 2022 antes da luta contra as ações do governo de Jair Bolsonaro.
Sâmia Bomfim, por sua vez, voltou a se manifestar, questionando a afirmação de Talíria, que considerou desonesta. Sâmia mencionou ainda outras pré-candidaturas à presidência da República e disse que nenhuma delas "busca unidade e programa de esquerda".