Mulher fratura costelas após nadar com baleias-jubarte na Austrália
Alicia Ramsay, 30, foi levada para o hospital Royal Perth, na Austrália, com fraturas nas costelas após ser atingida por uma baleia-jubarte, que nadava próximo com seu filhote. O caso, que ocorreu na última quinta-feira (6), foi o terceiro no país no período de uma semana. As informações são do The Guardian.
Em entrevista ao jornal Nine News Perth, Alicia relatou o mergulho: "O filhote decidiu nos dar uma olhada e acabou ficando entre nós e a mãe, então ela entrou em modo de proteção e balançou sua nadadeira contra nós, me atingindo".
De acordo com o DBCA (Departamento de Biodiversidade, Conservação e Atrações da Austrália Ocidental), uma mulher também foi atingida pela cauda de uma baleia-jubarte em 1º de agosto, durante um mergulho livre, sofrendo fraturas nas costelas e hemorragia interna.
Na mesma ocasião, outra nadadora do grupo foi atingida com menos gravidade, rompendo seu tendão da coxa.
A expectativa é de que mergulhos com baleias-jubarte no parque marinho de Ningaloo, local dos três acidentes, se tornem uma atividade licenciada permanente em 2021, após a conclusão de um teste de cinco anos que está sendo monitorado pelo departamento.
Um pequeno grupo de operadores turísticos foi autorizado a oferecer essa experiência de nado com os animais, que podem crescer até 19 m. Os grupos na água estão atualmente limitados a nove de cada vez.
Os regulamentos exigem que os nadadores entrem na água a pelo menos 75 metros de distância de uma baleia. Em nota, o departamento afirmou que continua a trabalhar com a indústria e as operadoras de turismo licenciadas relevantes para investigar os dois incidentes.
"Nadar com baleias-jubarte envolve alguns riscos inerentes. O DBCA estabelece condições de licença que indicam medidas para reduzir os riscos aos visitantes, incluindo treinamento para operadores e funcionários, instruções para nadadores, protocolos para abordar e manter distâncias das baleias e a exigência de ter dois guias treinados na água com nadadores, bem como um vigia a bordo do navio. As condições da licença também visam evitar impactos negativos sobre as baleias-jubarte", concluiu o departamento.