Cientista russo é acusado de espionagem a favor da China
Moscou, 15 Jun 2020 (AFP) - Investigadores russos acusaram de traição um cientista, especialista do Ártico, por supostamente ter transmitido segredos de Estado para a China, indicou nesta segunda-feira seu advogado à AFP.
Valeri Mitko, presidente da Academia de Ciências do Ártico de São Petersburgo, está sob prisão domiciliar desde sua acusação em fevereiro, segundo seu advogado, Ivan Pavlov. A informação, no entanto, não foi transcendida.
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O pesquisador de 78 anos está sendo acusado de ter fornecido informações secretas à Pequim durante suas viagens à China, onde ia com frequência para dar aulas.
As acusações de "traição ao Estado", negadas por Mitko, podem acarretar a uma prisão de 20 anos.
Sua prisão domiciliar foi prolongada até o dia 10 de outubro, disse seu advogado.
Perguntando pela AFP, um porta-voz do tribunal Dzerjinski de São Petersburgo confirmou a prisão domiciliar do cientista, mas não citou os motivos porque disse que se tratava de um caso específico.
Segundo Pavlov, seu cliente só levava à China documentos relacionados com suas pesquisas e seus cursos.
Os investigadores não detalharam quais tipos de informações foram transmitidas pelo cientista.
As agências Interfax e TASS, citando fontes anônimas, afirmaram que se tratava de informações sobre os métodos de detecção de submarinos.
Para a Rússia, o desenvolvimento econômico e militar no Ártico é uma zona de grande importância estratégica, especialmente graças ao degelo que está acontecendo com a mudança climática.
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