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Hackers atuam desde abril e se passaram até por jornalistas, diz Lava Jato

O procurador da República e coordenador da Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol - Eduardo Anizelli/Folhapress
O procurador da República e coordenador da Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol Imagem: Eduardo Anizelli/Folhapress
do UOL

Marcela Leite

Do UOL, em São Paulo

10/06/2019 17h59

A força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba voltou a se manifestar e afirmou que a "ação criminosa de um hacker" teve início por volta de abril. Com a invasão, teriam sido clonados aparelhos celulares e contas em aplicativos de comunicação instantânea, o que resultou no vazamento de mensagens trocadas entre procuradores.

Segundo a nota, o "modo de agir agressivo, sorrateiro e dissimulado do criminoso é um dos pontos de atenção da investigação". O hacker teria sequestrado identidades, passando-se por procuradores e jornalistas em conversas para conseguir mais informações.

Ele também teria clonado números de celulares de procuradores e, durante a madrugada, simulado ligações a membros do Ministério Público Federal.

Em outras oportunidades, o criminoso também teria entrado em contato com alguns procuradores usando identidade virtual falsa, tentando intimidá-los. Tentativas de ataques cibernéticos a familiares dos membros da força-tarefa também foram identificadas, "o que reforça o intuito hediondo do criminoso", segundo a nota.

De acordo o documento, assim que foram identificadas as tentativas de invasão aos celulares, os procuradores da Lava Jato acionaram a Polícia Federal. A Procuradoria-Geral da República também foi comunicada e em 14 de maio determinou a instauração de um procedimento administrativo para investigar os ataques.

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